Correios realizam Mutirão para tentar normalizar entrega de mais de 2,8 milhões de correspondências atrasadas

Para amenizar o atraso de 2,8 milhões de correspondências, em razão da greve dos Correios, 600 profissionais participarão de um mutirão neste final de semana. A intenção é tentar normalizar o atraso de um dia nas entregas no Estado. Conforme a empresa, são 1160 carteiros parados, adesão que representa 16%. Já o sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul, garante que 65% dos trabalhadores estão parados. O Tribunal Superior do Trabalho marcou para a próxima terça-feira a decisão sobre o dissídio coletivo da categoria. Com o resultado, a expectativa dos Correios é de que a greve seja encerrada e que as entregas sejam normalizadas até o fim da próxima semana.

Já a greve dos bancos, que dura 16 dias, não tem prazo para terminar. No Estado, 1.031 agências fecharam, sendo 331 de Porto Alegre e região Metropolitana e as demais 700 no Interior. As agências de bancos privados de Novo Hamburgo e região funcionam em horário normal, nesta sexta-feira. Os bancários decidiram suspender a greve por um dia para garantir o pagamento de salários. A decisão vale para agências das cidades de Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, Morro Reuter, Novo Hamburgo, Presidente Lucena, Santa Maria do Herval e Sapiranga.

A paralisação nos bancos começa a causar problemas nas Lotéricas. O Sindicato dos Agentes Lotéricos e Correspondentes do Estado estima aumento de 20% da demanda, pelo menos na primeira quinzena de outubro, quando o movimento já é intenso. As filas extensas, além da impossibilidade de realizar alguns serviços, tem deixados os clientes insatisfeitos. O vice-presidente da Sincoergs, Marco Antônio Kaliwsky, lembra que contas vencidas, além de pagamentos feitos somente com a numeração do código de barras não podem ser feitas nas lotéricas. Para dívidas em boleto bancário, só serão aceitos documentos de até R$ 700.

Nesta quinta-feira, a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) encaminhou um ofício à Federação Brasileira de Bancos (Febraban), pedindo um acordo imediato entre bancários e empresários. Conforme calculo da CNDL, se a greve prosseguir, as perdas para o varejo, podem chegar a 30%. No entanto, a Fenaban disse que até ontem não havia recebido o pedido.