Presidente do Iphan aposta em recuperação por etapas para garantir funcionamento do Mercado Público

A presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado, ressaltou hoje a necessidade de realização de um laudo do estado de conservação do prédio do Mercado Público de Porto Alegre após o incêndio da noite de sábado (6). Em entrevista ao Gaúcha Atualidade, a presidente disse que essa avaliação deve passar pela estrutura e pelas instalações elétricas e que a medida deve anteceder a elaboração de projetos de reconstrução do local.

Jurema Machado relatou que o PAC Cidades Históricas está em fase final do processo de seleção das iniciativas que receberão recursos do governo federal e que, portanto, ainda há tempo de incluir a obra de recuperação do Mercado no programa. A convicção é reforçada pela disposição da presidente Dilma Rousseff, que já sinalizou que isso será possível.

A presidente do Iphan acredita que as obras devem começar até o final do ano. Conforme Jurema Machado, a liberação dos recursos não depende da elaboração de um projeto, pois pode ser feita com base em uma estimativa de custos. Jurema Machado defende que o projeto para licitar a obra de recuperação faça a previsão de uma intervenção em etapas.

- Tenho certeza de que essa licitação terá que ser feita por etapas, de forma que o Mercado possa continuar funcionando nas partes que não foram afetadas.

Mercado Público estava bem conservado

Para a presidente do Iphan, o prédio do Mercado Público estava bem conservado. O local, tombado pelo município, tinha apenas pequenos problemas, que o incluíram no PAC Cidades Históricas.

- Tinha pequenos problemas que até o incluíram no PAC Cidades Históricas, mas problemas de conservação, não que eu saiba de infraestrutura. Sobre as questões de infraestrutura e de prevenção contra incêndios, a informação que eu tive é essa que está nos jornais. Neste momento a gente não tem nenhum dado com maior profundidade, seria leviano da minha parte fazer qualquer avaliação nesse sentido, quando sequer as autoridades responsáveis pela avaliação ainda não a fizeram.