
Devido à incerteza sobre as condições do mar japonês, o surfista Gabriel Medina levou nada menos do que 12 pranchas para o Japão. Após testar todos os equipamentos, o paulista lamentou as ondas pequenas no treino desta quinta (22), mas comemorou a previsão do tempo, que anuncia ondas de pelo menos três metros a partir deste domingo (25), data que marca a estreia oficial do surfe em Jogos Olímpicos.
— O mar tem estado bem pequeno, mas, para o campeonato parece que "vai entrar onda". Então, isso dá um ânimo a mais. Acho que, na primeira Olimpíada, nada mais justo que tenha onda. Se fosse uma marola, seria ruim porque não é isso que o surfe é. Mas fico feliz que vai entrar onda. Então, acho que vai ser uma competição bem legal — declarou.
Bicampeão mundial de surfe, Medina vem demonstrando bastante entusiasmo com a oportunidade de ser o primeiro campeão olímpico da história do surfe desde a entrevista que concedeu a GZH no embarque rumo ao Japão, no último sábado (23). Já nesta quinta (22), após um treino na praia de Tsurigasaki, a 100 quilômetros de Tóquio, o surfista disse que está realizando um sonho.
— Finalmente o surfe faz parte das Olimpíadas, que é o maior palco do esporte, onde você encontra os melhores do mundo. Sou grato por essa oportunoidade, é um sonho sendo realizado. Como é uma vez a cada quatro anos, agora é aproveitar. Estou procurando ficar 100% e preparado para o dia — completou Medina.
O paulista de Maresias ainda comentou a escolha de Brisbane como sede da Olimpíada de 2032, já que a Austrália é um dos países mais tradicionais na modalidade.
— Pensando no surfe, é um lugar legal de ter uma Olimpíada. Vale o mesmo para 2024 (os Jogos serão em Paris, mas o surfe será disputado no Taiti) e 2028 (Los Angeles). São lugares para onde já viajamos pelo circuito mundial. Espero "durar" até a Austrália. Vai ser em alguns anos (risos), mas nas próximas Olimpíadas eu quero muito estar — finalizou.