
O porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura da Paraolimpíada Rio 2016 será escolhido em votação, até o próximo domingo, pelos 287 atletas da delegação que vão disputar os Jogos, entre os dias 7 e 18 de setembro.
– A gente achou que seria muito mais bacana que nossos atletas pudessem escolher seu representante na festa. Queríamos a participação de todos – explicou Edilson Alves da Rocha, chefe de missão do Brasil nos Jogos Paraolímpicos.
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São 19 candidatos de seis modalidades. Só estão na disputa atletas que tenham conquistado ao menos uma medalha de ouro e que não vão competir no dia seguinte à festa. Isso exclui os velocistas Teresinha Guilhermina e Alan Fonteles e o nadador Daniel Dias.
Confira os principais candidatos a porta-bandeira:
Felipe Gomes: ouro (200m) e bronze (100m) em Londres 2012. O velocista começou a perder a visão aos 6 anos devido a um glaucoma congênito, seguido de catarata e de descolamento da retina.
Lucas Prado: três ouros em Pequim 2008 (100m, 200m e 400m) e duas pratas em Londres 2012 (100m e 400m). Velocista perdeu a visão em 2002, após descolamento de retina.
Roseane Ferreira: dois ouros em Sydney 2000 (lançamento de disco e arremesso do peso). Essa é a quarta paralimpíada de Rosinha, que perdeu a perna esquerda após um atropelamento.
Shirlene Coelho: ouro em Londres 2012 e prata em Pequim 2008 (lançamento de dardo). Atleta teve paralisia cerebral (hemiplegia) ainda em sua gestação, afetando alguns movimentos.
Yohansson Nascimento: ouro (200m) e prata (400m) em Londres 2012, prata (revezamento 4x100m) e bronze (100m) em Pequim 2008. O corredor nasceu sem as duas mãos.
Dirceu Pinto: quatro ouros na bocha em Pequim 2008 e Londres 2012 (individual e em duplas). Tornou-se cadeirante por causa de uma doença degenerativa muscular.
Eliseu Santos: ouro (dupla) e bronze (individual) na bocha (dupla) em Pequim 2008 e em Londres 2012. Perdeu os movimentos dos membros superiores por um distrofia muscular.
Maciel Santos: ouro na bocha em Londres 2012 (individual). Ele nasceu com paralisia cerebral.
Jovane Guissone: ouro na esgrima em Londres 2012 (espada). Ele teve lesão medular por causa de disparo de arma de fogo em assalto.
Cassio Reis: ouro em Londres 2012 com a seleção do futebol de 5. Um descolamento de retina seguido de catarata tirou sua visão.
Damião Robson: dois ouros com a seleção de futebol de 5, em Atenas 2004 e Pequim 2008. Perdeu a visão após acidente com arma de fogo.
Gledson Barros: ouro em Londres 2012 com a seleção do futebol de 5. Uma atrofia no nervo óptico de Gledson tirou sua visão aos 6 anos.
Jeferson Gonçalves: dois ouros com a seleção de futebol de 5, em Pequim 2008 e em Londres 2012. O melhor jogador do mundo em 2010 perdeu a visão aos 7 anos (glaucoma).
Raimundo Nonato: ouro em Londres 2012 com a seleção do futebol de 5. Nonato nasceu praticamente sem enxergar devido a uma retinose.
Ricardo Alves: dois ouros com a seleção de futebol de 5, em Pequim 2008 e em Londres 2012. Foi eleito o melhor jogador do mundo em 2006 e em 2014. Perdeu a visão por causa de um descolamento da retina aos 6 anos.
Severino Gabriel: três ouros com a seleção de futebol de 5, em Atenas 2004, Pequim 2008 e em Londres 2012. Ele nasceu com glaucoma e ficou cego gradativamente.
Antônio Tenório: quatro ouros no judô (100kg), em Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004 e em Pequim 2008, além de um bronze em Londres 2012. Perdeu a visão do olho esquerdo por causa de um descolamento de retina e do direito por causa de uma infecção.
André Brasil: sete ouros na natação e três pratas (Pequim 2008 e Londres 2012). Ele teve poliomielite aos três meses de idade (reação à vacina) que deixou sequela na perna esquerda.
Clodoaldo Silva: seis ouros (Atenas 2004), seis pratas (Pequim 2008, Atenas 2004 e Sidney 2000) e um bronze (Sidney 2000) na natação. Teve paralisia cerebral, ao faltar oxigênio no parto, perdendo o movimento das pernas.
*LANCEPRESS