
Entre tantos detalhes que compõem uma equipe vitoriosa, dentro ou fora da quadra, sou muito fã e adepto das atitudes positivas. Ferramentas valiosas que podem mudar a história de um set, um jogo ou até de um campeonato com uma simples ação. Os atletas não sofrem somente em horas decisivas. Um abraço, um sorriso ou até um simples tapinha nas costas, na hora certa, é tudo que precisamos. Uma ligação ruim de um amigo ou um bate-boca com a família pode destruir uma preparação de muitos anos.
Os atletas ficam realmente mais sensíveis em campeonatos importantes, talvez pelo foco excessivo, pela distância de casa ou até do seu tranquilo ambiente de treinamento. As pesquisas mostram que as lesões nem sempre vem das repetições e das cargas de treinos altíssimas; as lesões, na sua maioria, vêm do nosso inconsciente de lembranças da infância e das inseguranças trilhadas entre vitórias e derrotas. Gostamos de lembrar alguma instabilidade emocional e nos apegamos nesta situação muitas vezes sem perceber.
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Existem várias ferramentas psicológicas e emocionais de valorização humana e atlética que mudam a nossa história e nos tiram do conforto de anos. No primeiro momento, é uma grande surpresa, e, mesmo quando concordamos, ficamos com uma pulga atrás da orelha, pois estes dedicados profissionais podem mudar a história de um campeonato com algumas conversas, usando ferramentas tão simples e que parecem que sempre estiveram muito perto. Eles ensinam táticas de relaxamento, táticas de vibração, momentos da respiração certa e do grito que não deve ficar preso. A provocação do adversário e a discussão com o seu técnico fazem parte do jogo, mas estas ferramentas de evolução são imprescindíveis para momentos decisivos que farão a diferença.
Não tenho receio de afirmar que o treinamento fora da quadra é mais importante que o de dentro. Saber os detalhes da sua jogada e do adversário, torna-se simples quando bem estudado. Gosto de várias táticas e treinamentos, mas tenho uma admiração à parte pela PNL (Programação Neurolinguística), pois quando as descobertas e aperfeiçoamento vêm de dentro para fora nos tornam mais seguros. Vai esta dica de muitos anos e indo para minha sexta Olimpíada, querendo ou não se aprende muito dentro e fora das quadras. Saudações olímpicas.