
O duelo entre PSG e Aston Villa, pelas quartas de final da Champions League, apresenta duas realidades distintas. De um lado, a equipe francesa garantiu o título nacional com seis rodadas de antecedência — podendo terminar a Ligue 1 sem nenhum derrota. Do outro, o clube inglês faz uma boa campanha na Premier League, mas longe da briga pela taça.
Porém, não é por isso que o confronto continental deverá ser desequilibrado. Na fase de liga, o Aston Villa terminou entre os oito primeiros, enquanto o PSG sofreu para chegar na repescagem.
Além disso, o primeiro jogo será na quarta-feira (9), no Parque dos Príncipes, em Paris, na França. Enquanto a equipe inglesa terá a vantagem de definir no Villa Park, em Brmingham. As possibilidades neste duelo são várias e passam por fatores decisivos.
O diferencial do PSG
No PSG desde a metade de 2023, Ousmane Dembélé se tornou o grande protagonista da equipe francesa, após passagens de Mbappé, Messi e Neymar nos últimos anos. O brilho, entretanto, não surgiu apenas pela saída dos outros craques, mas, principalmente por um ajuste de posicionamento.
Acostumado a atuar pelo lado direito do campo, o atacante francês oscilava bastante. No entanto, com Luís Enrique, Dembélé foi testado como referência no ataque e vem dando resultados, com 32 gols marcados e oito assistências na temporada.
A ideia não é que ele atue como um centroavante convencional, e sim adicione velocidade e possibilidades diversas ao ataque do PSG. Com isso, os pontas — geralmente Barcola e Kvaratskhelia — ganham mais liberdade para criar oportunidades de gol. Na Champions League vem dando certo, com sete gols, além de vitória sobre o Liverpool, que tinha a melhor campanha da competição.
O diferencial do Aston Villa
Apesar de não ser a principal equipe da Inglaterra, o Villa se mostrou uma das mais chatas de se jogar contra. Uma defesa sólida, que permite poucas chances, além de um ataque com novas possibilidades, como Rashford e Asencio.
Porém, em duelo de mata-mata, no qual pode chegar a disputa por pênaltis, é impossível não colocar como fator decisivo o goleiro argentino Emiliano Martínez. Herói do tricampeonato da Argentina na Copa do Mundo de 2022, Dibu salvou no tempo normal em vários momentos, além de ter sido herói nos pênaltis.
Em um torneio europeu, o fator "sul-americano" pode ser um grande diferencial para o Aston Villa surpreender, e quem sabe buscar o segundo título da Champions League da sua história.