
O recurso da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) para que Almir Junior não fosse desclassificado da prova final do salto triplo do Mundial Indoor, em Nanjing, na China, foi negado. Desta forma, o atleta da Sogipa, que conquistou o bronze no salto triplo, voltará para casa sem medalha. Almir utilizou uma sapatilha proibida pela World Athletics desde setembro do ano passado.
A frustração pela perda inesperada do bronze pegou a todos na delegação brasileira de surpresa. Com a marca de 17m22cm, ele havia garantido o bronze, superando inclusive o atual campeão da prova, Hugues Fabrice Zango, de Burkina Faso, que com a eliminação de Almir acabou beneficiado e herdou a terceira colocação.
"Responsabilidade dos atletas"
A confederação ainda afirmou que o uso das sapatilhas é de responsabilidade dos atletas.
"As sapatilhas fazem parte de indumentária de uso livre dos atletas, que estão autorizados a utilizar material de patrocinador próprio – o que é o caso de Almir Júnior. O atleta alegou que não tinha a informação de seu patrocinador de que a sapatilha usada na final não era permitida, e de que o material havia sido checado pela organização do Mundial na câmara de chamada, ou seja, antes da entrada na pista para final".
Entidade afirma que avisou atletas
Segundo a entidade brasileira, os atletas foram informados sobre o assunto antes da competição.
"Tanto os delegados da Confederação Brasileira de Atletismo que acompanham a equipe na China divulgaram a lista de sapatilhas aprovadas para os brasileiros, assim como a World Athletics divulgou a listagem de calçados permitidos antes da realização do Mundial".
Sem Almir Junior, o pódio teve o cubano naturalizado italiano Andy Díaz Hernández, ouro com 17m80cm, o chinês Yaming Zhu, prata com 17m33cm, e Hugues Fabrice Zango, de Burkina Faso, bronze com 17m15cm.