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O Brasil obteve um resultado histórico nesta sexta-feira (14) no Mundial de Esqui Alpino, realizado em Saalbach, na Áustria, com o 14º lugar de Lucas Pinheiro Braathen no slalom gigante. Por seu desempenho, ele estabeleceu um novo recorde de brasileiros na modalidade em competições desse nível. Até então, a melhor posição havia sido a 24ª colocação na prova do combinado de Francisco Giobbi obtido em 1966, em Portillo, no Chile.
Em sua primeira descida, ao pegar a neve longe do ideal, Braathen fez 1min23seg04. Na segunda participação, adotando um estilo mais ousado, o brasileiro completou o percurso em 1min18seg11. Na somatória, ele fez o tempo de 2min41seg15 finalizando no 14º posto.
— Foi um dia pesado. Eu queria tanto trazer essa bandeira para o topo do pódio hoje, mostrar para todo mundo aqui que nós brasileiros estamos nesse esporte para ter sucesso, mas não consegui. Vou continuar a trabalhar. Temos uma nova oportunidade no domingo (em que será a final da prova de slalom) — afirmou o esquiador nascido em Oslo, na Noruega, filho do norueguês Bjørn Braathen e da brasileira Alessandra Pinheiro de Castro.
Na competição, o austríaco Raphael Haaser arrebatou a medalha de ouro ao fazer o tempo de 2min39seg71. A segunda colocação ficou com o suíço Thomas Tumlers enquanto Loic Meillard, também da Suíça, fechou o pódio em terceiro lugar.
Quem também desempenhou um bom papel no Mundial foi Giovanni Ongaro. Filho de pai italiano e mãe brasileira, ele cumpriu o objetivo de terminar a prova entre os 60 melhores e terminou a sua participação com o 44º melhor tempo.
— Foi uma prova muito difícil porque larguei depois de muitos atletas e precisei manter um nível muito alto o tempo, o que foi complicado. Mas consegui me classificar para a segunda descida e adquiri uma boa experiência para o restante da competição — comentou.