Se depender do secretário estadual do Esporte e Lazer, Juliano Franczak (o Gaúcho da Geral), a conhecida posição do governador Eduardo Leite contra a liberação de bebidas alcoólicas em estádios será alterada.
Em entrevista à Rádio Gaúcha nesta quarta-feira (15), o deputado disse que tem mantido conversas com o governador e com outros integrantes do primeiro escalão sobre o tema.
Segundo o secretário, Leite se mostra flexível à mudança de posição acerca das bebidas me jogos.
— A gente vem conversando com todos os clubes e inclusive junto ao governo do Estado, junto ao governador. Com a Segurança Pública, com a Brigada, com o Ministério Público, para a gente achar um meio termo. Até a última conversa que eu tive com o governador, ele falou que era possível, que a gente tinha que fazer alguns ajustes e é isso que a gente está trabalhando — disse o secretário estadual do Esporte e Lazer.
A Assembleia Legislativa aprovou, em 2018, um projeto de lei liberando a venda de bebidas alcoólicas em estádios. Contudo, assim que assumiu o governo do Estado, no início de 2019, Leite vetou o projeto.
Com uma base de deputados alinhada ao governo, a Assembleia decidiu, naquele momento, seguir a posição do governador e manter a proibição.
A liberação voltou à pauta da Assembleia em 2021 com um projeto de lei de autoria do deputado Gaúcho da Geral — licenciado desde o fim de 2024 para ocupar a Secretaria de Esporte e Lazer. A proposta, contudo, não avançou.
Agora na condição de secretário, ele espera reforçar a articulação política em prol das bebidas nos estádios.
— Estamos trabalhando para isso. A gente tentou (mudar a legislação) para ver se começava o ano já com o Gauchão, com venda de cerveja liberada, mas por causa de alguns fatores a gente não conseguiu. Vamos trabalhar para ver se a gente consegue, durante o ano, tocar adiante (a aprovação da mudança) — projetou o secretário.
Segundo o Gaúcho Da Geral, é preciso considerar fatores econômicos e culturais. De um lado, diz o político, os clubes dependem da renda da venda de bebidas alcoólicas. De outro, assistir aos jogos consumindo o produto é uma tradição para muitos torcedores.
— A gente quer achar um meio termo para que a gente não tire a liberdade do torcedor de tomar uma cerveja e ver um futebolzinho. Já faz parte da nossa cultura — aponta o secretário.