Após a vitória do Cruzeiro sobre o Juventude, no Alfredo Jaconi, pela última rodada do Brasileirão 2024, o técnico Fernando Diniz concedeu entrevista coletiva e se mostrou incomodado com uma situação. Ele desabafou sobre as notícias de que não seria mais técnico da equipe mineira.
Desde a última quinta-feira (5), depois de perder para o Palmeiras em casa, informações de que o treinador deixaria a Toca da Raposa passaram a ser frequentes nos bastidores do clube. No domingo (8), Diniz falou pela primeira sobre o assunto e disse se sentir desrespeitado.
— Sou sério e trato futebol com carinho, amor, e minha vida vai seguir. Me sinto extremamente desrespeitado, porque estou sabendo pela imprensa. O Alexandre (Mattos) me chamou, falou que tudo poderia acontecer, mas uma coisa muito vaga. Estou sabendo desde quinta, sabem mais do que vai acontecer comigo do que eu mesmo. Um desrespeito muito grande, muito mesmo, porque eu tive inúmeras propostas e vim para o Cruzeiro. Não teve clareza nas coisas.
— Me sinto muito desrespeitado, e eu respeito as pessoas. Não teve isso. Teve uma conversa de muro, mas eu já sabia, não sou tonto. Estou no futebol há 40 anos, e isso que temos que saber conviver. A imprensa sabe antes, a gente vive mais para fora do que para dentro. Dentro só vale se ganhar o jogo — continuou o treinador.
Diniz ainda afirmou que não foi comunicado sobre demissão.
— Estou falando isso aqui, caso isso (demissão) se confirme. Ninguém virou para mim e disse que estou demitido. Eu espero que isso seja mentira (a demissão), porque eu custo a acreditar que uma pessoa chega pata mim e fala: “Você está até o final de 25, pelo menos”. Depois de uma semana, você está fora do negócio. Não tem problema, chega e fala que não tenho resultado, mas nessas condições, não. É muita falta de convicção — finalizou.
Diniz foi contratado para o lugar de Fernando Seabra, no começo do segundo turno do Brasileirão. Porém, ele não conseguiu embalar no trabalho até o momento. O treinador só venceu três jogos de 15 disputados.
Com Diniz no comando, empatando outros seis jogos e perdendo mais seis. O aproveitamento do treinador desde a chegada ao clube é de 33,3%. Além dos números abaixo do esperado, ele também tem a derrota na final da Sul-Americana pesando contra.