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Com um galo de mascote, tendo sede próximo a cemitério e um nome exótico, um time até então amador, no interior de São Paulo, virou Sociedade Anônima do Futebol (SAF), e mira as primeiras competições de base já em 2025. Trata-se do modesto Esporte Clube Meia-Noite, da cidade de Patrocínio Paulista, que tem cerca de 14,5 mil habitantes, conforme o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Edson Faleiros é o proprietário da SAF. Dono de uma construtora em São Paulo, ele e a família são da cidade interiorana. A ligação com o Meia-Noite é de longa data, visto que Edson já foi jogador do clube, até então com atividades amadoras no município e na região.
— Saí de lá com 18 anos para estudar engenharia, meus irmãos também saíram. Eu era zagueiro clássico, capitão do time — contou o empresário em entrevista ao portal ge.globo.
Fatos peculiares
Era noite de 21 de abril de 1959 quando um grupo de amigos se reuniu em um bar da cidade, como de costume, para comer, beber cerveja e jogar conversa fora. Resolveram, então, no meio do papo, procurar um nome para o clube em que jogavam futebol. Quando olharam para o relógio da torre da igreja, a ideia foi concretizada.
O nome do time, já exótico, fica ainda mais peculiar com a proximidade do Estádio Municipal Galileu de Andrade Lopes com o Cemitério Municipal de Patrocínio Paulista. A casa do Meia-Noite já está em reformas e, neste primeiro momento, tem cerca 1,5 mil lugares — o que representa pouco mais de 10% da população de Patrocínio Paulista. Depois, esse número deve subir para 4 mil.
Planejamento e objetivos
— Alugamos uma casa como alojamento. A região é grande, e a ideia é levar gente para lá também. O trabalho é esse. A cidade está encantada com o projeto, eu mais ainda. Já estamos fazendo as reformas no estádio. Nosso objetivo é em abril de 2025 começar o sub-13, sub-14, sub-15 e sub-17 — explicou Edson sobre os primeiros movimentos como dono do clube.
Depois de estrear na base, o EC Meia-Noite quer competir profissionalmente dentro de quatro anos.
— O projeto é ambicioso, de tornar um time de Série A1 em sete, oito anos. Acho que nosso projeto, dentro do que estamos trabalhando, vai despertar muito interesse. É uma região grande. Já saiu muito jogador. O Estêvão (do Palmeiras) é de Franca. Nosso objetivo é dar essas oportunidades — explicou o dono da SAF.
A proposta é fazer do clube um formador na Federação Paulista de Futebol e na CBF. A parceria neste início é com o empresário Juliano Leonel, um dos responsáveis por agenciar a carreira do ex-lateral Cicinho, que jogou no São Paulo, Real Madrid e Seleção Brasileira.