O atacante Jarro Pedroso teve sua pena reduzida após seu recurso ser julgado pelo Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS). Envolvido em um esquema de manipulação de resultados, o ex-jogador do São Luiz de Ijuí havia sido punido com dois anos de suspensão do futebol e multa de R$ 100 mil no primeiro julgamento: agora, o período longe do futebol caiu para 360 dias e a multa, para R$ 10 mil.
A redução da pena foi votada pela maioria dos auditores. Segundo o presidente do TJD, Cláudio Fleck Baethgen, a redução da punição serviu como um aviso.
— Meu interesse é dar um alerta aos atletas. De que, se por ventura caírem na asneira de se vender, gritem. Porque se gritarem, o buraco vai ser menor. Temos uma luta desgraçada pela frente. Estamos falando de atletas de clubes menores, cujo impacto econômico e repercussão são menores. Mas nós vamos chegar na tempestade. E temos de estar preparados. Analisando e tendo o cuidado de que não estamos julgando uma conduta individual. A punição tem de ser feita porque a prova está lá — declarou, em seu voto.
No mesmo julgamento, o São Luiz também foi absolvido da punição por responsabilidade solidária. Anteriormente, o clube estava condenado a pagar R$ 100 mil caso o atleta não pagasse.
Jarro foi flagrado participando de um esquema de apostas, descoberto na Operação Penalidade Máxima. O atacante disse que recebeu o contato dos aliciadores através de seu empresário (Wanderson Cafú) e confessou que fez um pênalti na partida entre Caxias x São Luiz em combinação com apostadores e recebeu R$ 30 mil. No entanto, afirmou que cometeu o ato por ter recebido ameaças, registrou um boletim de ocorrência e efetuou a devolução do valor.