
O litoral norte do Rio Grande do Sul foi escolhido para sediar a etapa de abertura do Dream Tour 2023, o Circuito Brasileiro de Surfe. Neste final de semana, a plataforma de Atlântida receberá as quartas de final femininas e as oitavas de final masculinas a partir das 8h de sábado e no mesmo horário no domingo. A competição será transmitida na íntegra no Canal do Youtube da CBSurfPlay e ao vivo no SporTV, a partir das quartas de final.
A etapa de estreia do Dream Tour iniciou sua janela de competição na última terça e tem prazo até a próxima quarta (19) para ser encerrado. A Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) ofereceu nove dias para os competidores terem as melhores condições de ondas.
O Estado já recebeu a competição no ano passado e retornou a Atlântida nesta temporada, como uma forma de reacender a "chama" do esporte no Rio Grande do Sul, como explicou Teco Padaratz, presidente da CBSurf em entrevista ao Gaúcha 2024, da Rádio Gaúcha.
— É preciso reacender a chama do surfe em vários lugares onde ela apagou. Um deles é exatamente o Rio Grande do Sul, onde tivemos grandes campeonatos e grandes ídolos, até internacionais. Só que esse hiato de grandes competições, nos últimos 10, 15 anos, fez com que hoje não tenhamos uma gaúcho na elite do surfe nacional. Olha o prejuízo que causa não investir no esporte em uma área que tem um potencial enorme. A maior quantidade de público da modalidade está no Rio Grande do Sul, que acompanha o surfe. Onde vende mais camiseta, calção e prancha de surfe é no Rio Grande do Sul. Então, temos que respeitar muito essa comunidade (do surfe), que é grande no Estado.
Entre os surfistas que estão no Rio Grande do Sul, está Silvana Lima, duas vezes vice-campeã mundial, em 2008 e 2009, e cinco vezes campeã brasileira. Ela irá competir com Tais Almeida na terceira bateria das quartas de final. A cearense fez a maior nota das oitavas de final (nove pontos) e o melhor somatório (14 pontos).
Além dela, Willian Cardoso, campeão de uma etapa da WSL, também competiu no litoral gaúcho, mas acabou perdendo na segunda fase para Peterson Crisanto, que também já disputou a World Surf League em duas temporadas (2019 e 2021).
O único remanescente do Rio Grande do Sul na competição é Gustavo Borges, natural de Torres. Aos 21 anos, o gaúcho já disputou etapas do World Qualifying Series, competição que antecede a entrada na elite do surfe mundial. Gustavo também foi campeão gaúcho em todas as categorias amadoras e campeão de uma etapa do campeonato brasileiro profissional.
— Como sou o surfista convidado e não estou somando pontos, vim mais tranquilo. Estou surfando em casa, basicamente. Venho pra cá desde muito novo e estou surfando confortável, querendo mostrar meu surf e me divertir — avaliou Borges.
O Dream Tour
O campeonato deste ano terá a maior premiação da história do circuito. Todos os participantes, 64 na categoria masculina e 24 na feminina, receberão prêmio em dinheiro — do primeiro ao último colocado —, e o valor será igualitário para homens e mulheres, algo que já vem sendo feito em outras modalidades.
Os campeões das etapas ganham R$ 40 mil, e quem ficar em segundo lugar nas finais recebe R$ 15 mil. Além disso, todos os participantes receberam um mínimo de R$ 1,5 mil, mesmo aqueles que não passaram por nenhuma bateria.
PRÓXIMAS BATERIAS DO DREAM TOUR EM XANGRI-LÁ:
Quartas de final - feminino
- Larissa dos Santos x Júlia Duarte
- Juliana dos Santos x Tainá Hinckel
- Silvana Lima x Tais Almeida
- Julia Santos x Yanca Costa
Oitavas de final - masculino
- Marcos Correa x Tales Araújo
- Vitor Ferreira x Ian Gouveia
- Luel Felipe x Peterson Crisanto
- José Francisco x Messias Felix
- Wesley Dantas x Gustavo Borges
- Douglas Silva x Luiz Mendes
- Edgard Groggia x Mateus Sena
- Lucas Silveira x Krystian Kymerson