A Anistia Internacional, maior ONG de defesa aos direitos humanos no planeta, pediu um posicionamento de Cristiano Ronaldo quanto aos problemas envolvendo a Arábia Saudita, nação em que o jogador vai atuar nas próximas temporadas com a camisa do Al Nassr.
A organização chamou a atenção do atleta quanto a situação do país no Oriente Médio por meio de sua pesquisadora, Dana Ahmed, que falou sobre a "lavagem esportiva" do futebol, que ofusca problemas sérios no território.
— É altamente provável que as autoridades sauditas promovam a presença de Cristiano Ronaldo no país como um meio de distrair do terrível registro de direitos humanos do país. Em vez de oferecer elogios acríticos à Arábia Saudita, Ronaldo deveria usar a sua considerável plataforma pública para chamar a atenção para as questões dos direitos humanos no país — pediu Dana.
Em seguida, a pesquisadora da ONG que trabalhar pela proteção humanitária desde 1961, salienta os crimes feitos pela própria governança saudita:
— Num único dia do ano passado, 81 pessoas foram condenadas à morte (na Arábia Saudita), muitas das quais foram julgadas em julgamentos grosseiramente injustos. As autoridades prosseguem também a sua repressão da liberdade de expressão e de associação, com pesadas penas de prisão pronunciadas a defensores dos direitos humanos, ativistas dos direitos das mulheres e outros ativistas políticos.
Para a Anistia Internacional, "Cristiano Ronaldo não deve permitir que a sua fama e o seu estatuto de celebridade se tornem um instrumento de lavagem desportiva saudita".