Em um time sem estrelas, recheado de guris e de jogadores buscando mostrar serviço, chega a ser surpreendente que o Atlântico tenha dois integrantes na seleção da Liga Nacional de Futsal. Mas pelo que mostraram desde o início da competição, não há qualquer injustiça nas indicações do ala-esquerdo Serginho e do técnico Thiago Raupp, o Gordo, como os melhores do campeonato. Na final de domingo, às 11h30min, diante do Corinthians, os holofotes estarão ainda mais reluzentes sobre eles.
O técnico chegou ao Atlântico em 2021, vindo de um 2020 destacado no Tubarão-SC. Lá, já havia sido indicado como melhor técnico da Liga. Gaúcho de Porto Alegre, ele fez carreira no Estado, passando por Ulbra e Cortiana antes de atravessar o mundo e morar no Kuwait, onde, inclusive, começou a trajetória de técnico. Na equipe de Erechim, porém, encontrou o equilíbrio entre a juventude de seus 40 anos e a experiência de conhecer o futsal em várias facetas.
— Fiquei muito feliz com o prêmio, mostra que o trabalho está no caminho certo. Mas é um prêmio de todos nós, porque dependo 100% dos demais, entre companheiros de comissão técnica e atletas. Esperamos coroá-lo com o título no domingo — comentou o técnico.
Serginho, o ala, chegou como indicação do treinador em 2021. Eles trabalhavam juntos no Tubarão e apostaram no Atlântico para dar o salto de qualidade. Aos 27 anos, o jogador que passou por Joinville e Santo André Intelli reencontrou o melhor momento em Erechim. Na atual Liga Nacional, tem 13 gols em 26 jogos.
— A escolha para a seleção da competição é mérito de todo mundo. E isso se transforma em um reconhecimento individual. Agradeço ao Atlântico por essa oportunidade — declarou.
Apesar da força do clube gaúcho, vale ficar de ollho: o Corinthians também tem um jogador na seleção, o fixo Allan. Completam o time ideal da Liga Nacional o goleiro Anderson, do Minas, o ala-direito William, do Jaraguá, e o pivô Dieguinho, goleador da competição pelo Joinville.