O segundo adversário do Brasil no Campeonato Mundial masculino de vôlei é um dos mais tradicionais da modalidade. Dono de três medalhas olímpicas, uma de cada cor, além de dois bronzes em mundiais, duas pratas em Copas do Mundo e nove títulos continentais, o Japão tem um grande objetivo na edição deste ano: ficar entre os oito primeiros.
Após sediar os Jogos Olímpicos em Tóquio, no ano passado, quando perdeu para o Brasil nas quartas de final, a seleção japonesa segue seu processo de renovação e tem um time com média de idade de 24,1 anos. Para se ter ideia, a seleção brasileira tem média de 28,8 e conta no elenco com seis de seus 14 jogadores acima dos 30 anos, enquanto o mais velhos do elenco do Japão são o central Yamauchi e o levantador Sekita, ambos com 28 anos.
Nas Olimpíadas, dois nomes chamaram atenção. Sekita, que tem muita habilidade e sabe muito bem explorar a principal característica do voleibol japonês, que é a velocidade, e o oposto Yuji Nishida.
Com 22 anos, o canhoto Nishida não é alto para os padrões internacionais, mas mesmo com apenas 1,87m se destaca pela impulsão, potência, habilidade e força no saque. Apontado como revelação, está na seleção principal desde 2018 e com um ano de seleção faturou o prêmio de melhor oposto da Copa do Mundo. Na estreia deste Mundial, na vitória por 3 a 0 sobre o Catar, ele marcou 17 pontos, 11 de ataque, quatro de bloqueio e dois de saque.
Nesta temporada, o Japão fez uma excelente fase de classificação na Liga das Nações e terminou a fase de classificação em quinto lugar, uma posição à frente do Brasil, com nove vitórias em 12 partidas. Uma das três derrotas foi para a seleção brasileira, em julho, por 3 a 0, em Osaka. Nas quartas de final, acabou perdendo para a França.
Em junho, brasileiros e japoneses já haviam disputado dois amistosos em Brasília, com vitória asiática por 3 a 2, no primeiro confronto, e triunfo do Brasil, por 3 a 0, na revanche.
Outra aposta para esse Mundial está no banco de reservas. Aos 62 anos, o francês Philippe Blain, que entre 2001-12 dirigiu a seleção de seu país, é o treinador japonês. Ex-assistente da seleção asiática, de 2017 a 2021, ele ajudou a reestruturar o vôlei do Japão e carrega no currículo, o prêmio de melhor jogador (MVP) do Mundial de 1986, quando era ponteiro da França.
Confira os jogadores do Japão no Mundial:
- Levantadores: Masahiro Sekita e Masaki Oya
- Ponteiros: Tatsunori Otsuka, Kenta Takanashi, Ran Takahashi e Yuki Ishikawa
- Opostos: Yuji Nishida e Kento Miyaura
- Centrais: Taishi Onodera, Akihiro Yamauchi, Shunichiro Sato e Go Murayama
- Líberos: Tomohiro Ogawa e Tomohiro Yamamoto