— Paulo, Arnaldo... eu amo vocês — diz Galvão.
— Me too (eu também) — responde Falcão.
Não era uma reedição das transmissões de futebol da TV Globo. Assim, na verdade, foi encerrado um bate-papo especial promovido pelo Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha. Na resenha entre amigos que durou quase uma hora, Galvão Bueno, Arnaldo Cezar Coelho e Paulo Roberto Falcão se reencontraram para lembrar histórias de viagens internacionais acompanhando a Seleção Brasileira, projetaram o futuro do time de Tite na Copa do Mundo do Catar e a utilização do árbitro de vídeo (VAR) no Mundial.
— O Brasil pode cair em um grupo da morte. Brasil, Alemanha, Polônia e Gana. Já pensaram? É complicado — destacou Galvão Bueno.
— A grande preocupação é não ter confronto (preparatório) com os europeus. Esse confronto pode fazer falta, mas não sei se terá calendário para isso. Por conta disso, estou com essa dúvida. Mas o time está indo bem — disse Falcão.
Para o narrador da TV Globo, a espinha dorsal do time está consolidada, e o técnico Tite precisa dar sequência aos jovens na escalação titular, possibilitando que Neymar possa se destacar sem o peso que carregou nas últimas Copas.
— Tite, os meninos estão pedindo passagem. Dê passagem a eles. Olha o que jogou o Bruno Guimarães. Na direita tem Raphinha, Antony e Rodrygo. Tem Paqueta e Vinícius Junior. Terminou a "neymardependência". E é nesse momento que fica melhor para o craque brilhar — comentou Galvão.
Ex-árbitro e comentarista de arbitragem, Arnaldo Cezar Coelho manifestou sua preocupação com a atuação dos árbitros de vídeo na Copa do Mundo, especialmente em jogos da Seleção Brasileira.
— Minha preocupação é com o VAR. Cada dia que passa, os árbitros estão usando o VAR como uma muleta. Apitam com a mão no ouvido. Aí acaba o jogo, o VAR dá os três pênaltis e dizem que o juiz foi bem. Se foi bem, não usaria o VAR. E os erros podem ser contra o Brasil, pois o país nunca esteve tão mal representado na FIFA. Agora os caras deitam e rolam no Brasil — disse Arnaldo.
Despedida
Galvão Bueno deixará a Rede Globo após a Copa do Mundo do Catar. O anúncio foi feito em suas redes sociais na semana passada. O confronto entre Brasil e Chile, pelas Eliminatórias, na última quinta-feira (24), foi a sua última narração pela emissora de um jogo da Seleção Brasileira no Maracanã. No entanto, deixou aberta sua permanência na emissora para exercer outras funções.
— Eu fiz minha primeira Copa do Mundo em 1974, na Rádio e na TV Gazeta. De lá pra cá, não parei mais e tenho muito orgulho. Espero que essa garotada que está voando me ajude a gritar o hexa. Aí eu vou voltar feliz. E na Copa de 2026, eu vou estar lá, mas mergulhado em um mundo digital — comentou Galvão.