A Justiça da Austrália anulou a decisão de cancelar o visto de Novak Djokovic nesta segunda-feira (10) e o governo do país informou que vai recorrer da decisão. As informações são do portal Globo Esporte.
O juiz Anthony Kelly, responsável pelo caso, ordenou a libertação imediata do tenista da detenção na imigração, destacando ainda que a decisão de cancelar o visto temporário seria revogada. O magistrado ainda afirmou que o governo australiano arcaria com suas custas e tomaria “todas as providências necessárias para liberar o requerente imediatamente”.
Contudo, de acordo com informações do portal australiano The Age, o ministro da imigração, Alex Hawke, afirmou que caso Novak Djokovic tenha o visto cancelado mais uma vez, o tenista pode ser banido de entrar no país pelos próximos três anos. O advogado do atleta confirmou que o tenista já está com sua equipe jurídica em um local que ainda não foi confirmado.
Na última quarta-feira (5), o tenista número 1 do mundo foi barrado no Aeroporto Tullamarine por ter problemas em seu visto devido a um erro cometido pela sua equipe na hora do preenchimento dos formulários. O documento permitia que ele entrasse e competisse em Melbourne, mesmo sem comprovar a vacinação completa contra a covid-19. Ele afirmou em diversas ocasiões que é contra o imunizante e nunca relevou se tomou ou não as doses da vacina.
Novak Djokovic chegou até mesmo receber permissão especial de isenção do governo local no dia 4 de janeiro, um requisito obrigatório para os passageiros que chegam ao país da Oceania. Essa licença especial é prevista na lei australiana em casos específicos da pandemia. Contudo, o primeiro-ministro Scott Morrison já havia afirmado que a permissão não liberava a entrada automática dele no país. Ele precisaria provar que tinha um bom motivo para não se vacinar.
O tenista sérvio ficou isolado no antigo Park Hotel, um prédio de cinco andares que abriga cerca de 32 migrantes presos do sistema migratório australiano. Um grupo de manifestantes se reuniu na manhã deste domingo (9) na rua em frente ao abrigo, onde centenas de seguidores de Djokovic, ativistas antivacinas e defensores dos migrantes se manifestaram um dia antes.