O modesto Defensa y Justicia, clube da província de Florencio Varela, localizada nos arredores de Buenos Aires, conquistou neste sábado (23) o maior título de sua história de 85 anos. Em uma final totalmente argentina no estádio Mario Alberto Kempes, em Córdoba, na Argentina, o time derrotou o Lanús por 3 a 0 e sagrou campeão da edição de 2020 da Copa Sul-Americana.
A equipe dirigida por Hernán Crespo, ex-atacante da seleção argentina, abriu o marcador aos 34 minutos do primeiro tempo com o lateral-direito Adonis Frías, que recebeu assistência de Walter Bou.
Na etapa final, o atacante Braian Romero (ex-Athletico-PR), aos 17 minutos, fez seu décimo gol na competição e ampliou a vantagem. Com o título assegurado, aos 47, Washington Camacho ainda marcou o terceiro.
Apesar de todas as competições na Argentina estarem sendo realizadas sem a presença do público, a decisão da Sul-Americana teve 2.500 torcedores credenciados pela Conmebol, algo que também deverá ocorrer na final da Libertadores, entre Santos e Palmeiras, dia 30 de janeiro, no Maracanã.
O título coroa o início da carreira de Hernán Crespo como treinador. Em seu primeiro trabalho ele conseguiu a vaga na Copa Sul-Americana ao terminar na terceira posição em seu grupo na Copa Libertadores - que teve Santos, Delfin (Equador) e Olímpia (Paraguai) - e avançar quatro fases até o título.
Na Copa Sul-Americana, o Defensa y Justicia eliminou Sportivo Luqueño (do Paraguai, na segunda fase), Vasco (oitavas de final), Bahia (quartas de final) e Coquimbo Unido (do Chile, nas semifinais) antes de bater o Lanús na final.
A conquista também vale para a equipe argentina a vaga direta na próxima edição da Libertadores e o direito de participar da decisão da Recopa Sul-Americana contra o vencedor da Libertadores.