Os jogadores do Figueirense prestaram depoimentos à Polícia Civil de Santa Catarina, nesta quinta-feira (10), em inquérito que apura as agressões sofridas por eles no último sábado (5). Cerca de 40 torcedores identificados com a organizada do time invadiram o treino que acontecia com a presença de 34 atletas no turno da tarde, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
Os depoimentos dos atletas foram recebidos pelo delegado Paulo Hakim acompanhado de um promotor do Ministério Público Estadual de Santa Catarina na Delegacia do Continente, por volta das 10h da manhã desta quinta. A diretoria do Figueirense se reuniu com o MP-SC, ainda na terça, recebendo o apoio do órgão no caso. Ao delegado, os jogadores confirmaram as agressões e o lançamento de fogos de artifício na direção do campo, além de relatarem ameaças via redes sociais.
Em entrevista ao programa da NSC TV Bom Dia Santa Catarina, o presidente do clube, Norton Boppré lamentou o incidente e criticou a postura dos torcedores.
— Impactou a todos, principalmente os que estavam trabalhando no Orlando Scarpelli. Lamentavelmente, indivíduos, pessoas que não merecem serem chamados de torcedores, fizeram barbaridades, como agressões físicas, agressões verbais, que nos deixou consternados com o fato lamentável — declarou, na segunda-feira (7)
Além do mandatário, apenas a nutricionista do clube, Cíntia Carvalho, se posicionou sobre o incidente e gravou um vídeo de desabafo nas redes sociais. Ela foi a primeira envolvida no episódio a falar publicamente sobre, ainda no domingo (6).
— Estávamos trabalhando. Quem trabalha no futebol não é vagabundo, trabalha sábado, domingo, feriado. Trabalha para conquistar resultados, mas nem sempre conseguimos. Quem trabalha com futebol tem pai, tem mãe, tem filho e trabalha, e merecemos respeito – desabafou Cíntia em seu perfil pessoal.
O técnico Elano, por meio de assessoria, afirmou que não iria se pronunciar sobre o acontecimento.