
Uma decisão da Corte Suprema da Justiça do Paraguai complica ainda mais a situação de Ronaldinho e Assis, presos desde 6 de março na Agrupación Especializada da Polícia Nacional, após entrarem no país com documentação falsa.
As atividades do Poder Judiciário estão paralisadas até 26 de março, para tentar conter o avanço do coronavírus no país. Entre as medidas adotadas, estão a suspensão das atividades judiciais e administrativas, suspensão dos prazos processuais, administrativos e de registros e suspensão da tramitação eletrônica nos Juizados e Tribunais que contam com esta ferramenta.
Apenas as situações mais urgentes serão atendidas. No caso de Ronaldinho, já foram dois recursos negados com pedido de transferência para prisão domiciliar. A defesa protocolou um terceiro pedido, solicitando a anulação do decreto de prisão preventiva. No momento, por causa da paralisação, este recurso não deverá ser avaliado.
Além disso, o Ministério Público pediu uma perícia nos telefones de Ronaldinho e Assis, com o objetivo de tentar descobrir se existe alguma relação com a empresária Dalia López, investigada por suposto esquema de lavagem de dinheiro. Só que esta perícia também não deverá ser feita neste período em que a justiça paraguaia está paralisada.
Diante deste quadro, a equipe de defesa analisa as possibilidades, entre elas um pedido de habeas corpus.
No próximo sábado (21), Ronaldinho completará 40 anos de idade. Ao que tudo indica, até esta data a situação não deverá estar resolvida.