O Volley Conegliano, da Itália, derrotou o Eczacibasi VitrA, da Turquia, por 3 sets a 1(22/25, 25/14, 25/19 e 25/21), neste domingo (8), em Shaoxing, na China, e sagrou-se campeão do Mundial de Clubes de vôlei feminino. Este foi o segundo título de um time italiano na competição, quebrando uma hegemonia das equipes turcas, que venceram as quatro edições anteriores.
A partida começou com o Conegliano forçando o saque e abrindo oito pontos de vantagem (16/8) no marcador. Aos poucos, o Eczacibasi reagiu e encostou em 16/12. Com dois aces da oposta sérvia Tijana Boskovic, as turcas passaram à frente (19/18) e terminaram a parcial em vantagem, com oito acertos de Boskovic, seis da sul-coreana Yeon Koung Kim e cinco da brasileira Natália.
Depois de levar a virada no set inicial, o Conegliano voltou à quadra disposto a mudar o andamento do confronto e, mais uma vez, se colocou na liderança com quatro de frente (8/4). O Eczacibasi, dirigido pelo técnico brasileiro Marco Aurélio Motta seguiu com dificuldades no passe e as italianas chegaram ao segundo tempo técnico com grande vantagem (16/9). A oposta Paolo Egonu, que na semifinal contra o Vakifbank Istanbul, também da Turquia, marcou 38 pontos, passou a comandar o ataque do atual bicampeão italiano, que venceu o segundo set por 25/14 e o terceiro, por 25/19.
O ritmo seguiu o mesmo no quarto set e a equipe italiana continuou dominando. Em mais uma atuação impressionante, Egonu chegou aos 33 pontos, incluindo o último da partida (25/21), para levar o Volley Conegliano à inédita conquista e ainda levar o título de melhor jogadora do torneio (MVP).
Na disputa por um lugar no pódio, o Vakifbank, atual bicampeão mundial , derrotou o Novara, da Itália, por 3 a 0 (26/24, 25/23 e 25/21) e garantiu a medalha de bronze. A oposta sueca Isabelle Haak, com 23 pontos, foi a principal jogadora em quadra. As turcas ainda tiveram seis pontos da ponteira brasileira Gabi Guimarães, que foi titular nos dois sets iniciais.
Minas vence duelo brasileiro e fatura o 5º lugar
As equipes brasileiras não tiveram um bom desempenho no Mundial. Na primeira fase, Minas Tênis Clube e Praia Clube perderam seus três jogos e ficaram fora da briga por medalhas. Na disputa do torneio de consolação venceram os chineses Tianjin e Guandong, respectivamente, e garantiram o enfrentamento pelo quinto lugar.
Vice-campeão da última edição, o Minas venceu o clássico mineiro em cinco sets, parciais de 18/25, 25/14, 18/25, 25/22 e 15/9, em 2h16 de partida. Com 23 acertos, a oposta norte-americana Deja McClendon foi a maior pontuadora do jogo. Além dela, o atual campeão da Superliga ainda contou com 18 pontos da central Thaisa e 14 da ponta venezuelana Roslandy Acosta. O destaque do Praia foi a ponteira dominicana Brayelin Martínez, que deixou a quadra com 21 pontos.
Esta foi a terceira vez que um time brasileiro ficou fora do pódio do Mundial. Nas anteriores, o Rio de Janeiro ficou em quarto e quinto lugar, respectivamente, nos anos de 2015 e 2016, quando o Eczacibasi venceu seus dois primeiros títulos. A última conquista do Brasil no torneio aconteceu em 2012, com o Osasco.
Agora, Minas Tênis e Praia Clube, finalistas da última edição da Superliga brasileira voltam suas atenções para a competição nacional. E logo depois do regresso da China já devem entrar em quadra. Na próxima sexta-feira (13), o Praia receberá o Sesi-Bauru, em Uberlândia. No dia seguinte, será a vez do Minas enfrentar o Sesc-RJ, em Belo Horizonte.