Alan Ruiz apresentou sua versão da confusão que, na última quinta-feira (12), o levou a ser detido pela polícia em um camping de pesca na cidade de Punta Lara, na Argentina. Deitado em uma cama de hospital, o ex-jogador do Grêmio concedeu entrevista ao canal de televisão TyC Sports e explicou que teve de ser internado para realizar exames de radiografia e tomografia, porque teria sido vítima de roubo e agredido por 25 pessoas.
— Estávamos pescando e vi um tumulto com meu irmão. Então, fomos correndo até onde ele estava. Estava com o meu primo de oito anos. Quando chegamos ao lugar, eram em torno de 25 pessoas, que me atacaram e me roubaram as coisas de valor — disse ele. — Não tivemos nenhuma chance de nada. Eram 10 ou seis, sete pessoas com cada um. Então, tratávamos de nos cobrir dos golpes — completou o atleta de 26 anos.
Na versão da polícia, Alan Ruiz, acompanhado de seu pai, irmão e um amigo, resistiram às prisões e, quando vistoriado o automóvel em que estavam, foram encontradas armas. Por isso, eles responderiam por "ameaças, porte ilegal de arma de fogo, resistência à autoridade e lesões".
— Havia dois rifles de ar comprimido porque uma das atividades que pratica Federico, o pai de Alan, é fazer tiro no campo de tiro de La Plata. Ambos os rifles são de ar comprimido, e não é delito portá-los. Além disso, havia uma pistola dentro do carro que está registrada, completamente legal — alegou Adrián Corvalo, advogado de Ruiz, à mesma emissora.
O advogado do jogador também desmentiu a versão das testemunhas, de que a briga teria se iniciado após Alan Ruiz se negar a conceder a carteira de identidade para comprar uma parrilla.
— Ele estava em um camping, pescando com sua família, e sofreu as consequências de uma agressão brutal de um grupo de mais ou menos 25 pessoas que, tendo identificado Alan, tiraram tudo dele. Ele gosta de usar correntes de ouro, que chamaram a atenção dessa gente. Não é real que a briga começou porque Alan não quis dar a carteira de identidade para pagar por uma parrilla. Identificaram-no e o tomaram como um troféu — concluiu.