
O Brasil bem que tentou, teve dois gols anulados pelo VAR, mas não conseguiu vencer a Venezuela nesta quarta-feira (18). Em Salvador, a Seleção ficou apenas no 0 a 0 pela segunda rodada do Grupo A da Copa América. Entre as vaias, um nome saído do banco de reservas pareceu agradar os torcedores presentes na Arena Fonte Nova: Everton, do Grêmio. Autor de um dos gols na vitória sobre a Bolívia, o atacante foi pedido pela torcida e entrou na segunda etapa.
Mesmo com pouco tempo em campo, Everton foi um dos destaques brasileiros na reta final de jogo. Foi dele, inclusive, a jogada que terminou no gol marcado por Philippe Coutinho e anulado pelo VAR, por impedimento de Roberto Firmino.
— Infelizmente, o gol acabou sendo anulado. A Venezuela veio bem postada. No segundo tempo conseguimos finalizar um pouco mais, mas faltou o gol. Aquelas chances que a gente criou poderiam ter se transformado em gols. A gente tem que se concentrar, porque o campeonato é tiro curto e temos outro jogo difícil diante do Peru. Assim como a Venezuela, eles vêm evoluindo a cada jogo que passa, hoje ficou nítido — afirmou o camisa 11 gremista.
Sobre as vaias para o time, Everton pareceu encarar o assunto com naturalidade.
— Hoje infelizmente a gente não conseguiu a vitória que era esperada. A gente sabe que tem a pressão de estar jogando em casa, diante da nossa torcida, e a torcida quer ver gol, quer vitória.
O zagueiro Thiago Silva também avaliou o resultado. Para o defensor do PSG, o time de Tite merecia ter saído com um resultado positivo.
— Eles estavam praticamente na área deles, e ficava difícil para a gente encontrar a linha de passe. Tentamos algumas jogadas individuais, principalmente com o Everton, que entrou muito bem no jogo. Mas, infelizmente, por um pequeno detalhe a gente não saiu daqui vencedor. Acho que fizemos um bom jogo num todo, mas quando não se ganha fica uma situação difícil.
Para o zagueiro, as vaias na Fonte Nova foram injustas.
— Ao meu ver, não são justas (as vaias). Principalmente porque a Venezuela pouco criou, isso em função de uma estrutura boa da nossa equipe. Eles estavam muito fechados, às vezes a gente se precipitava em tentar fazer o último passe, errava e acabava perdendo a confiança. Num todo, a equipe se comportou bem, mas quando não faz gol parece que está tudo errado — defendeu-se.