Técnico campeão brasileiro da Série B com o Fortaleza, Rogério Ceni cutucou Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do São Paulo. Questionado se aceitaria um suposto convite para voltar ao Morumbi em 2019, o ídolo foi categórico em sua resposta.
— Quem sabe um dia, depois de 2020, a gente volta a trabalhar no São Paulo. Esse não é o momento de voltar. É o momento de continuar uma nova carreira. Eu, se fosse o presidente, não me procuraria. E eu também não aceitaria um convite vindo dele — afirmou Ceni em entrevista ao canal Fox Sports.
A resposta foi bem direta, já que o mandato do atual presidente são-paulino, com quem o treinador teve uma relação conturbada em sua passagem pelo clube, vai até o fim de 2020. Grande ídolo do São Paulo como goleiro, Ceni teve sua primeira oportunidade na nova profissão pelas mãos do cartola, mas acabou demitido seis meses depois, tendo sido eliminado do Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Copa Sul-Americana.
— Por que não tivemos sucesso? Perdemos a velocidade de lado, Luiz Araújo, Neres. Tudo é uma máquina, um sistema. Quando você perde Thiago Mendes, eu preciso da velocidade e desses jogadores. Sem esses jogadores, fica difícil. Tinha um grupo de trabalho muito jovem, muitos que eu subi. Já nem estão mais, como é o caso do Militão, que foi para fora. Eu fiz o meu melhor com aquele time e fico com a consciência tranquila. Sobre o presidente, já falei o que tinha de falar. Agradeço pelo São Paulo ter me dado a oportunidade. Não posso esconder o meu carinho eterno pelo clube que me revelou para o futebol — concluiu Ceni.
Depois de demitir Diego Aguirre, o São Paulo ainda não definiu quem será o treinador para a próxima temporada. Nas últimas cinco rodadas que restam pelo Brasileirão, a equipe será comandada pelo auxiliar técnico André Jardine.