Recomeçar de novo. Assim caminha a seleção argentina depois de um mundial pífio em terras russas. Ainda sem contar com um novo comandante efetivo, Leonel Scaloni vai quebrando o galho e tentando dar início a um ruidoso processo de renovação da seleção do craque Lionel Messi. Ruidoso porque, mesmo que essa geração não tenha conquistado nada na categoria principal, suas influências na condução e nos trabalhos de campo é percebida até pelo mais desavisado torcedor albi-celeste.
Messi, Mascherano, Aguero, Di Maria e sua turma têm um peso que foge as quatro linhas e isso não será fácil de ser rompido seja por quem for. Mas enquanto isso a seleção se reúne (sem os seus líderes) para enfrentar o Iraque, nesta quarta-feira (11), às 15h, e o Brasil, com caras novas e tentando recomeçar. Bustos, Pezzella, Funes Mori, Paredes, De Paul, Vazquez, Dybala, Icardi e entre eles Kannemann vão tentar buscar um espaço nessa fase de transição. Em 2019 tem Copa América aqui no Brasil e a seleção deve ter um novo comandante, mas, até lá, tempo para cavar uma vaguinha entre os "carretas sagradas". É assim que alguns cronistas chamam os veteranos que estão fora nesse momento. Todo esse processo ainda acabou sendo prejudicado nessa convocação por conta das lesões dos jogadores de Boca, River e Independiente que foram dispensados de última hora.
Se aqui no Brasil a bronca é grande com o Tite e sua condução pós Copa, imaginem na Argentina que nem sequer um treinador e seus processos tem para xingar? Não está fácil a coisa por lá e um mar de desesperança inunda os prédios de Ezeiza (casa da seleção). O treinador do Boca chegou a dizer que o torcer não dá mais a mínima para a seleção e que amistosos como esses não deveriam ser marcados. Isso que na Argentina a data Fifa é respeitada. Recomeço. Nunca foi tão importante para os argentinos essa palavra.