Número 62 do mundo, cabeça de chave 10. Poderia ser apenas mais uma das várias 17 tenistas americanas na chave feminina, mas Elizabeth Mandlik tem algo de especial: o pedrigree de uma campeã de Grand Slam.
Sua mãe, Hana Mandlikova, conquistou quatro Majors na carreira, e a jovem de 16 anos quer seguir os mesmos passos e utiliza como ponte a 35ª edição do Campeonato Internacional Juvenil de Tênis de Porto Alegre (Copa Gerdau-Itaú), um dos nove maiores eventos do mundo que acontece na Associação Leopoldina Juvenil e na Sogipa até o dia 4 de março.
Mandlik teve muitos problemas nesta quarta-feira, mas avançou às oitavas de final da categoria 18 anos marcando 6/3, 6/7 e 6/4 sobre a equatoriana Mell Reasco, filha de Neicer Reasco, lateral do São Paulo no bicampeonato brasileiro em 2006 e 2007.
– É minha primeira vez aqui, deveria ter jogado ano passado, mas não consegui. Gosto muito clube (Leopoldina). Joguei US Open, estive em Roland Garros e as quadras daqui parece bem com as de Roland Garros.
Elizabeth é treinada pelo romeno Gabriel Tifu e vive na Flórida, nos Estados Unidos, mas tem o suporte de Mandlikova, tcheca de nascimento que adotou a cidadania australiana. A mãe a acompanha em alguns torneios. Só não consegue mais pela desgaste que o circuito lhe causou. Foi campeã do Aberto da Austrália em 1980 e em 1987, de Roland Garros em 1981 e do US Open em 1985. A motivação de Elizabeth é superar e vingar a mãe, que bateu na trave duas vezes em Wimbledon em 1981 e 1986.
– Diria que ter minha mãe como campeã de Slams ajuda pois ela sabe como me sinto. Ela não viaja muito pois quando jogava viajava demais, então não curte muito. Quero ser profissional, quero vencer todos os Grand Slams, tenho um preferido que é Wimbledon porque minha mãe não conseguiu conquistar. Seria bem legal.
Mandlik enfrenta nas oitavas a compatriota Kacey Harvey, que passou pela georgiana Miriam Dalakshvili por 4/6, 6/1 e 6/3.
Uma grande surpresa do dia foi a vitória da canadense de origem equatoriana Leylah Fernandez. Ela derrotou a terceira favorita, a americana Alexa Noel, 10ª do ranking, por 6/3 e 6/4. Alexa vinha do vice-campeonato do Banana Bowl,em Criciúma (SC). Leylah nasceu no Equador, se mudou quando pequena para Montreal, no Canadá, onde vive até hoje e treina no Centro Nacional.