
Em 13 de fevereiro de 2014, o Grêmio tinha um desafio na estreia da Libertadores: o Nacional-URU. O time de Enderson Moreira havia sido sorteado no "Grupo da Morte" daquele ano, que tinha também o Nacional-COL e o Newell's Old Boys. E o primeiro confronto era contra o multicampeão do país vizinho no acanhado Parque Central. Com as arquibancadas lotadas, a torcida uruguaia viu seu time ser superado pelo Grêmio.
Durante todo o jogo, o Nacional bateu na mesma tecla. Seus defensores trocavam dois ou três passes e tratavam de alçar a bola para a área do Grêmio, em busca de Alonso ou do grandalhão Pereiro. A tentativa era uma só: fazer com que um dos dois cabecesasse ou sobrasse um rebote para o chute de De Pena.
Na maior parte das vezes, Rhodolfo, com a segurança habitual, conseguiu afastar. O Grêmio não estava mal. Seu problema era não conseguir reter a bola na frente. Barcos e Luan lutavam, mas, na maior parte das vezes, os zagueiros e volantes saíam com liberdade par dar o tal chutão na direção da área do Grêmio. Como Ramiro e Riveros não avançavam, restava um espaço à disposição do Nacional.
Para não dizer que o Grêmio não incomodou, a 27 minutos, em arremate de fora da área, Zé Roberto forçou Munúa a grande defesa.
Um cabeceio de Scotti, defendido por Marcelo Grohe, logo na abertura da segunda etapa, passou a ideia de que a pressão aumentaria. Mas o Grêmio, sólido na defesa, conseguia manter e igualdade. Melhor ainda: passou até a ousar um pouco mais, com se viu em dois chutes de Barcos. Até que, a 23 minutos, Ramiro cruzou da direita e Riveros, por trás dos marcadores, cabeceou e fez 1 a 0.
Abalado, o Nacional quase sofreu o segundo gol, mas Barcos tentou um drible a mais e desperdiçou, para desespero de Enderson Moreira.
A torcida seguiu cantando, tentando empurrar o Nacional. Mas o Grêmio, a essa altura da partida, já se sentia em casa, convencido de que a vitória seria mera questão de tempo. Ainda haveria pânico, como na bola que Léo Gago salvou quase na risca, com Grohe vencido, e também nas investidas do veterano Recoba.
O Grêmio fez uma grande campanha, foi o melhor do grupo, mas caiu nas oitavas de final contra o San Lorenzo, nos pênaltis, na Arena.
LIBERTADORES DA AMÉRICA _ GRUPO 6 _ 1ª RODADA _ 13/02/2014
NACIONAL 0
Munúa; Pablo Álvarez, Scotti, Curbelo e Juan Díaz; Prieto, Calzada e Cruzado (Hugo Dorreto, 36"/2°T), Pereiro (Mascia, 28"/2ºT) e De Pena (28"/2°T); Alonso. Técnico: Gerardo Peluso.
GRÊMIO 1
Marcelo Grohe; Pará, Werley, Rhodolfo e Wendell; Edinho, Ramiro (Léo Gago, 40"/2°T), Riveros, Zé Roberto (Maxi Rodríguez, 47"/2°T) e Luan (Bressan, 45"/2ºT); Barcos. Técnico: Enderson Moreira.
Árbitro: Antonio Arias, auxiliado por Dario Gona e Eduardo Cardozo (trio paraguaio).
Gols: Riveros (G), aos 23 min do 2º tempo.
Cartões amarelos: Riveros, Werley e Barcos (G). Scotti (N)
Local: Parque Central, Montevidéu-URU