Assisti ao primeiro jogo da final da Libertadores na primeira fileira da cadeira gold da Arena no meio de vários homens. Eu nunca tinha testemunhado uma partida neste setor e me surpreendeu a pouca presença feminina perto daqueles tantos rostos masculinos. Como eu estava sozinha, comecei a reparar na forma e nos substantivos que aqueles homens usavam para xingar o juiz, o jogador, o rival e até a turma que resolveu brigar no setor abaixo. Qualquer pessoa que já tenha assistido a uma partida dentro de um estádio sabe que o árbitro é filho da p. Que o jogador é corno; se "fingir" uma falta e ficar mais de vinte segundos no chão, a torcida chama de viado, bicha ou guriazinha.
De fora da área
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