O presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, usou do bom humor para repudiar o ato de racismo direcionado ao atacante Vinícius Júnior, do Flamengo, e sua família no clássico da última quarta-feira, pela Copa do Brasil. Horas após o clube divulgar uma nota oficial e lamentar o episódio, o dirigente descartou temer punição, ressaltou o histórico do time e citou até o exemplo de sua família para mostrar que não aceitará qualquer forma de discriminação associada à imagem do Alvinegro.
– O Botafogo emitiu hoje uma nota oficial repugnando o ato de racismo ao atacante Vinicius Júnior. O time possui uma longa e centenária história e nenhum caso de racismo. Sempre acolheu a diversidade de todas as cores. Nem faço de raça porque somos todos da mesma raça, a humana. Apesar dessa minha cara de europeu, por exemplo, eu tenho minhas avós que são índias amazonenses. Sou um branco "fake". Todo tipo de discriminação tem que ser combatida – disse Carlos Eduardo.
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A família de Vinícius Júnior assistiu ao jogo em um camarote. Um homem, pego em flagrante, fez sinal passando o dedo no braço, indicando a pele dos familiares do jogador, que são negros. Os profissionais do Juizado Especial Criminal (Jecrim) foram madrugada adentro no registro deste e outros casos (teve uma cadeira quebrada, um garoto que apareceu sozinho no estádio, além, claro, da pancadaria nas ruas). O autor da injúria foi levado à Cidade da Polícia.
CEP descartou qualquer punição semelhante à que foi imposta ao Grêmio pelo STJD pelo caso de racismo envolvendo o goleiro Aranha, em 2014.
– De forma alguma, o Botafogo não concorda no sentido que haja qualquer paralelo no que ocorreu com o Grêmio. O CBJD indica caso a infração seja praticada simultaneamente por considerável número de pessoas, o que não ocorreu. Foi um ato isolado. Essa pessoa já está identificada e estamos bloqueando o acesso dela ao check-in. Não há preocupação.
*LANCEPRESS