Poucas coisas irritam tanto os amantes do futebol como assistir, em todos os jogos, a juízes atrasando a cobrança de escanteio para advertir: é proibido agarrar o adversário.
– Serei enérgico, vou marcar pênalti!
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Desculpe a ignorância, mas a regra já não preconiza isso? Ou trata-se de uma nova regra no eterno esforço para modernizar o outrora esporte bretão?
Para aumentar a fúria dos telespectadores e torcedores presentes aos estádios, em 99% dos flagrantes da transgressão, as faltas beneficiam... os defensores. Muda-se as leis ou se altere a postura daqueles que eram "os homens de preto". Lei é para ser cumprida, hábito um tanto fora de moda no país da Operação Lava-Jato.
A covardia dos árbitros deveria inspirar um movimento nacional dos jogadores que frequentam a grande área na cobrança do corner. Admito que a maioria se assemelha a atores de filme B, tamanha incapacidade de simular convincentemente faltas, agressões e demais hostilidades. O show de covardia não tem limites, rendendo inclusive punições com a apresentação de cartão amarelo.
Outra omissão dos mediadores refere-se às sistemáticas infrações cometidas pelos goleiros. Observe no próximo jogo que assistir, prezado leitor, que a grande maioria dos "guarda-metas" sai da grande área com as mãos para repor a bola em jogo, através de um balão. Juiz algum tem coragem suficiente para punir esta flagrante irregularidade. Nem os árbitros gaúchos, decantados por setores da mídia como os mais competentes do país.
Outro detalhe que chama a atenção dos amantes do futebol é a inexplicável mudança de comportamento dos juízes brasileiros de acordo com o país onde irão trabalhar. Para deixar claro: nos jogos da Copa Libertadores, somente faltas com risco de fratura são efetivamente sancionadas. Já nas competições nacionais, se assiste a um show de encenação que resulta em muitos tiros diretos e indiretos, inclusive pênaltis com influência direta no resultado das partidas. Em território nacional, é cada vez mais raro ver árbitros capazes de coibir o antijogo e deixar o jogo fluir.
O uso da tecnologia, condenado por alguns, poderia ajudar a dirimir dúvidas, evitar infrações repetidas sem punição para, afinal, fazer cumprir as regras estabelecidas. Os exemplos citados acima podem parecer implicância de torcedor ranzinza ou impertinente. Mas trata-se apenas o protesto de um brasileiro com apreço pela lei. Igualzinho ao que deveria acontecer no cotidiano de Brasília.
*ZHESPORTES