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Poucas coisas são mais irritantes do que longas filas, certo? Pois em Wimbledon elas fazem parte do programa e, acredite, até os mais impacientes encontram motivos para curtir a espera.
E nem precisa ser aficionado em tênis para aprovar a experiência na queue (fila, em inglês) – a Paula, minha mulher, não me deixa mentir.
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Em julho de 2016, durante viagem à Inglaterra, decidimos acompanhar o torneio na primeira semana de disputas, justamente o período de maior procura de público. Imaginávamos que, chegando cedo ao bairro que dá nome ao Grand Slam, seríamos os primeiros a ingressar no clube.
Quanta inocência. Às 7h, centenas de pessoas já se esparramavam em filas organizadas com rigor militar. Havia até grupos em barracas: eram torcedores que pernoitariam no parque para, no dia seguinte, comprar os concorridos ingressos para os estádios principais – por 25 libras (R$ 115), as entradas dão direito apenas às dependências do clube e a quadras secundárias.
Durante a espera de cinco horas, sob um frio de 16ºC do verão inglês, fomos contemplados com outra instituição londrina: a chuva. Nada que que abalasse nossa animação. A queue, a chuva, o frio, tudo faz parte do pacote de um dos maiores eventos esportivos do mundo.
*ZHESPORTES