O que dizer de Roger Federer ? Esta tarefa pode ser considerada fácil, afinal os números do tenista suíço que completará 36 anos no próximo dia 8 de agosto falam por si. Dono de 93 títulos, sendo 19 deles de Grand Slam, exatas 1.111 vitórias na carreira, ele segue colecionando recordes.
Pensei muito quando o editor Diego Araújo me pediu para escrever sobre a final de Wimbledon. E foi vendo a decisão deste domingo (16), diante do croata Marin Cilic, que resolvi ver o que o mundo já falou sobre ele.
Leia mais
Federer conquista Wimbledon pela oitava vez
Hamilton vence GP da Grã-Bretanha e encosta em Vettel
Ana Marcela é bronze nos 10km no Mundial de Esportes Aquáticos
Eliminado pelo suíço nas semifinais, o tcheco Tomás Berdych tentou sintetizar o que pensa sobre Federer, que chegou a ter a continuidade da carreira ameaçada em virtude de problemas no joelho no ano passado: "Não é uma questão apenas de descanso, se eu ficar seis meses parado não vou consegui voltar neste mesmo nível. As coisas não funcionam igual para todo mundo. Nada indica que Roger esteja ficando velho ou diminuindo o ritmo, isso só prova sua grandeza neste esporte e isso é tudo o que eu posso falar sobre ele".
Apontado como um dois maiores da história do tênis, o australiano Ken Rosewall ostenta uma marca quase inalcançável nos tempos atuais. Ele é o mais velho jogador a ganhar uma partida de ATP, aos 45 anos e 11 meses, em Melbourne. Hoje, aos 82 anos, ele acredita que o suíço poderá superá-lo: "Adoro ser comparado a Federer, joguei boa parte do meu melhor tênis com 35 anos, o mesmo que ele está fazendo agora. Não vejo razão alguma para que ele não continue assim. Se alguém tiver que quebrar o meu recorde, não me importo que seja alguém como Roger", disse o vencedor de oito Grand Slams.
Por tudo que representa para o esporte, por seu carisma, postura e desempenho, Roger Federer é o Pelé do tênis e dificilmente outro jogador irá igualá-lo. Como um dia disse o Rei do Futebol: "As pessoas tentam encontrar um novo Pelé, mas isso é impossível. Como na música, em que só existe um Frank Sinatra e um Beethoven, ou nas artes, com um único Michelangelo, no futebol só há um Pelé".
* Rádio Gaúcha