E as 500 Milhas de Indianápolis mais uma vez tiveram um final épico. Após três horas e meia de prova, Takuma Sato é o primeiro japonês a vencer a corrida mais enigmática do automobilismo mundial. Hélio Castroneves brigou até o fim e ficou com a segunda colocação. Fernando Alonso brilhou e chegou a brigar pela vitória, porém, a 22 voltas do fim, o motor Honda mais uma vez traiu o espanhol, o obrigando a abandonar.
Tony Kanaan também chegou a brigar no início e cruzou na quinta colocação. Depois de bater na trave algumas vezes, Sato conseguiu levar o motor Honda até o final, após muitas quebras que o propulsor japonês sofrera.
Como foi a prova:
Na largada, Tony Kanaan fez uma bela largada e saiu de sétimo para quarto. Alonso caiu para nono. Will Power foi para terceiro e Dixon manteve a ponta.
Nenhum acidente aconteceu na largada. E na volta 3, Kanaan já era o terceiro, uma volta depois, o brasileiro superou também Ed Carpenter, subindo para a vice liderança da prova.
Kanaan assumiu a ponta, na volta sete, fazendo um excelente início de prova. Hélio Castroneves perdeu algumas posições na largada, mas se recuperou, subindo para a 18o colocação.
Alonso superou Will Power na volta 10, ficando com a sétima colocação. O espanhol ainda superou mais um adversário, ficando em sexto.
Tony e Dixon ficaram liderando a prova por muitas voltas e em Indianápolis, andar com a "cara no vento", significa consumir mais combustível. Na volta 25, Dixon perdeu a segunda colocação para Alexander Rossi, vencedor da Indy 500, em 2016.
Dixon ainda ia perder as posições para Ed Carpenter e Fernando Alonso.
Na volta 28, Tony Kanaan parou para fazer seu primeiro pit stop. Com isso, a liderança foi para as mãos de Rossi, deixando Alonso em segundo.
Na volta seguinte, entrou nos boxes a maioria dos carros. Demoraram algumas voltas até que as posições fossem reestabelecidas.
A liderança ficou com Carpenter, seguido por Rossi, Alonso, Kanaan e Sato. Algumas voltas depois, Carpenter foi superado por Rossi e Alonso. O espanhol apareceu na liderança pela primeira vez na volta 37.
Alonso se manteve na ponta até a volta 54, Jay Howard bateu no muro, quando Scott Dixon acabou acertando o carro do inglês. O carro de Dixon decolou e bateu de ponta cabeça no guard-rail de dentro. O carro do neozelandês ficou destruído e o piloto teve muita sorte, pois por pouco centrímetros, a sua cabeça não foi atingido pelo muro. Ambos os pilotos saíram caminhando.
Por conta dos destroços dos carros, a organização interrompeu a prova com bandeira vermelha por alguns minutos. Hélio Castroneves escapou por pouco do acidente.
A prova fora reiniciada, minutos depois, com Alonso ainda na ponta, muitos já foram para os boxes, fazer mais uma parada.
Depois de mais algumas voltas em bandeira amarela, a velocidade máxima foi reestabelecida. Alonso seguia na ponta, seguido por Rossi. O americano ultrapassou o espanhol na volta seguinte. Sato era o terceiro e Hunter-Reay em quarto.
Fernando Alonso perdeu posições para Sato e Hunter-Reay. O japonês também superou Rossi e assumiu a ponta por algumas voltas.
Na volta 66, foi a vez de Conor Daly acertar o guard-rail. Foi uma pancada fraca, mas o suficiente para outra bandeira amarela ser agitada. Outro carro foi envolvido no acidente, Jack Harvey.
Após 10 giros em bandeira amarela, a corrida foi reiniciada, com Hunter-Reay assumindo a ponta. Quatro voltas depois, outra bandeira amarela foi dada. Um pedaço do carro do Marco Andretti se soltou e ficou no meio da pista.
Com isso a maioria dos pilotos foram novamente para mais um pit stop. A bandeira verde foi dada poucos giros depois, desta vez com Max Chilton na ponta, seguido por Hunter-Reay e Alexander Rossi.
Helinho assumiu a ponta na volta 96, era a primeira vez que ele aparecia entre os ponteiros, enquanto Tony Kanaan estava em quinto. Helinho liderou a prova até a volta 105, quando fez a sua parada. Rossi voltou para a liderança no início da segunda metade da corrida.
Entre os giros 113 e 114, todos foram novamente para o reabastecimento. Ryan Hunter-Reay era o líder desta vez, seguido por Rossi e Alonso. Castroneves vinha em quarto, enquanto Tony Kanaan era o sétimo.
Algumas voltas depois, outra bandeira amarela. O veterano Budy Lazier perdeu a traseira de seu carro e bateu na curva dois. Alguns carros foram para os boxes, porém, a maioria permaneceu na ponta. Sage Karam também tinha problemas e ficou parado. A bandeira verde foi dada na volta 130, Alonso assumiu a ponta, ultrapassando Hunter-Reay. Porém, uma volta depois, uma nova bandeira amarela foi dada, por conta de detritos na pista. Quatro giros depois, a corrida voltou a ter a bandeira verde no traçado de Indianápolis.
O motor de Hunter-Reay foi para o espaço logo no reinício e outra bandeira foi dada. Com isso, todos os pilotos foram novamente para os boxes. Outra intervenção foi dada, Ed Carpenter acertou o carro de Mikail Aleshin e perdeu parte do bico, com isso mais uma bandeira amarela foi dada.
Na volta 148, a corrida recomeçou, com Chilton na ponta, seguido por Kimball, Davison e Castroneves. Porém, o brasileiro era primeiro dentro daqueles que estavam na mesma janela de reabastecimento dos ponteiros.
Há 35 voltas do fim, Chilton foi para os boxes e outra amarela foi dada, após o motor de Charlie Kimball estourar. Zach Veach também abandonou. Os carros foram para os boxes para fazerem seu último reabastecimento.
Na bandeira verde, há 29 do fim, o líder era novamente Max Chilton, seguido por Ed Jones, Castroneves e Sato. O brasileiro superou Jones e passou a seguir Chilton de perto. A corrida começava a tomar tons de decisão, não existia mais aquela camaradagem para trocar posições. Jones repassou Helinho, que caiu para terceiro.
Helinho retomou a posição em cima de Jones, mas ambos foram superados por Takuma Sato, que subiu para segunda colocação. Quando o motor Honda de Fernando Alonso o traiu, obrigando o espanhol a abandonar. Mais uma bandeira amarela foi dada.
Na relargada, uma batida forte aconteceu, muitos carros acabaram batendo: Hinchcliffe, Sérvia, Newgarden, Power, Davison estavam entre os envolvidos.
A corrida recomeçou com 11 voltas para o fim, com Chilton na frente, com Sato em segundo, Castroneves em terceiro e Ed Jones em quarto. Kanaan era o quinto colocado.
Castroneves passou Sato e ia pra cima de Chilton. O brasileiro conseguiu fazer a ultrapassagem em Chilton, faltando seis voltas para o fim, mas Sato o passou uma volta depois. Castroneves tentou de todas as formas superar Sato, mas o japonês se segurou e venceu as 500 Milhas de Indianápolis. Hélio Castroneves chegou em segundo. Tony Kanaan terminou na quinta colocação.
* LANCEPRESS