Desde 2011 no Caxias, o zagueiro Jean já passou por oito clássicos. Pronto para ser titular em mais um Ca-Ju da sua carreira, no próximo sábado, às 18h30min, no Jaconi, ele ainda lembra do duelo realizado pelo Gauchão de 2012, na Taça Piratini. A equipe grená venceu por 3 a 1, no Estádio Centenário, e algumas semanas depois sairia campeã daquele turno e alcançaria o vice do Estadual.
Mas em seis anos de clube, há muitas outras histórias. Uma delas é de superação. No dia 7 de agosto de 2014, os rivais se encaravam pelo segundo turno da Série C do Campeonato Brasileiro, no Estádio Alfredo Jaconi, palco do clássico deste sábado. Jean ficou os 90 minutos em campo, mas com um porém: o pé direito fraturado.
– Eu estava há 10 dias sem treinar. Se não me engano foi na saída do Tiago (Pagnussat, zagueiro hoje no Bahia) e precisava jogar. Estávamos praticamente sem zagueiros. Fiquei uma semana fazendo injeção e fisioterapia. Até então, não sabia que era fratura. Acabei tomando três injeções de corticoide naqueles dias. No intervalo do jogo tomei de novo, porque não aguentava a dor – relata o jogador.
A qualidade na bola aérea foi o fator principal para que o técnico Beto Campos, à frente do Caxias na época, o escalasse. Mas com a lesão, haviam problemas a serem administrados com a bola rolando.
– Eu tinha que antever os lances para virar e correr antes, caso contrário não conseguia girar. Mas deu tudo certo. Eles jogavam na bola área e eu conseguia tirar todas. Ainda saímos com um resultado bom, 1 a 1 e consegui fazer uma grande partida com o pé quebrado – lembra o zagueiro.
Para o clássico deste sábado, Jean terá um pouco mais de tranquilidade, já que está 100% para atuar. A responsabilidade ele joga para o rival, mas avisa que o Caxias vai em busca de pontos no Jaconi.
– Tivemos dois jogos em casa que poderíamos ter praticamente garantido a classificação. Acabamos marcando passo e o Winck vem cobrando forte. Por isso, precisamos dar um retorno – finaliza Jean.