Chama a atenção o pequeno número de torcedores assediando a Seleção Brasileira em Belo Horizonte. O que já foi contado em centenas, hoje se resume a unidades, ainda que o time de Tite tenha devolvido empolgação à torcida. Em frente ao hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte, raramente se vê um grupo numeroso de fãs. Há entretanto dois que não arredam pé. Ambos têm 16 anos. Ele, Jônatas Soares, mora a cerca de três quilômetros da concentração e tem como ídolo o lateral Marcelo.
Na tentativa de falar com o jogador, acabou falando com o técnico Tite que prometeu tentar intermediar um contato, mas que não deixou o jovem de mãos abanando. Conseguiu uma camiseta da seleção e ainda deu um terço. A camiseta foi vestida na hora e o terço está no pulso. A única condição imposta pelo treinador foi que Jônatas não deixasse mais de ir às aulas por conta da Seleção. O adolescente garantiu que à noite estará na escola.
Leia mais:
Daniel Alves será capitão e usará a 4 em homenagem a Carlos Alberto Torres
Jornal argentino provoca o Brasil antes do clássico: "Medrosos por natureza"
Douglas Costa considera momento ideal para voltar à Seleção
Já o caso da torcedora Etalismã dos Santos – isto mesmo, um nome para dar sorte – é mais complicado para se resolver. Ela é apaixonada por Neymar, tem faixa pedindo foto para o craque e viajou desde a cidade de Milho Verde – 390 km de Belo Horizonte – só para vê-lo. Ela não irá ao jogo, mas garantiu que ficará na capital mineira até conseguir realizar seu sonho, mesmo que praticamente abandone sua escola e demore para voltar para casa. "É muito amor", resume a fã.
Jornalistas só do lado de fora
O hotel que hospeda a Seleção Brasileira evita o trabalho da imprensa no interior do saguão, mesmo de quem está hospedado.
O Hotel Ouro Minas é um dos mais tradicionais de Belo Horizonte e mais de uma vez já recebeu a Seleção Brasileira, inclusive na Copa do Mundo em 2014. A circulação de jornalistas sempre foi liberada nas dependências térreas do prédio, tanto que Felipão tomava chimarrão com alguns repórteres no saguão na Copa das Confederações de 2013 e no Mundial.
Desta vez, porém, medidas de cautela e segurança foram tomadas. O trabalho da imprensa não é permitido na área interna, mesmo que os profissionais estejam hospedados. Trabalho, só do lado de fora, ode emissoras de televisão montam seus pontos de "ao vivo", rádios conectam seus equipamentos e microfones e outros tantos se posicionam improvisados com seus computadores para o envio de material.
*RÁDIO GAÚCHA
