Em primeiro lugar, agradeço a extraordinária campanha xavante que atingiu o objetivo de permanecer na Série B nacional com dez rodadas de antecedência. Fantástica campanha em meio a um estádio em obras que obrigou o time a abrir mão de mandos de campo para jogar em Caxias do Sul, viajando às vezes mais do que os próprios visitantes. Este mérito de todo o clube está na história, ninguém tira.
No entanto, ao longo da competição, essa mesma campanha vitoriosa acabou colocando nos corações xavantes uma segunda meta: o acesso à Série A brasileira já em 2017. Bom, essa meta complicou com o empate desta terça-feira em casa contra o lanterna, Sampaio Correa. Dois adversários diretos pela vaga, e que também jogavam em casa, venceram.
O Avaí ganhou do Goiás por 2x0 e o Londrina venceu o Bahia por 1x0. Agora, teremos dois jogos fora na sequencia. Náutico nesta sexta (07) e Bahia na sexta da semana que vem (14). Compartilho com os amigos uma projeção muito particular. Teremos que ir em busca de uma vitória que não estava nas minhas contas para compensar o empate de ontem. Ou Náutico, ou Bahia, ou Vila Nova, estes três fora, ou Vasco em casa. Londrina (c) Joinville (f), Oeste (c) e CRB (c) eu já contava antes como vitórias xavantes.
O jogo
O Sampaio Correa surpreendeu logo no início com um canudaço de Lucas Sotero, que deixou a muralha Eduardo Martini sem ação. Nem o lendário Gordon Banks pegava. 1x0. Menos mal que a resposta veio cedo. Aos oito minutos, em um contra-ataque rápido, o maestro Diogo Oliveira colocou Ramon em condições de entrar na área e desviar do goleiro. 1x1. Mas o Brasil não jogou o suficiente para a virada. Aliás, na etapa inicial, foi o Sampaio Correa quem teve uma chance clara para retomar a vantagem. Aos 28 minutos, Thiago Santos, de cabeça, obrigou Eduardo Martini a uma defesa dificílima.
No segundo tempo, o visitante surpreendentemente começou melhor do que o Brasil até os 10 minutos. Então o xavante começou a reagir, mas sem se impor o suficiente para ganhar o jogo. Entraram Clebson no lugar de Diogo Oliveira, Jonatas Belusso, que substituiu Ramon, e Gustavo Papa na vaga de Elias. Discordei de uma das substituições feitas pelo Rogério.
Penso que Marcos Paraná poderia dar uma resposta melhor do que o Clebson. Primeiro, por ser um jogador tecnicamente superior. Segundo, porque Paraná tem uma arma que seria muito útil em um jogo como o de ontem: o chute de fora da área. Sobre a potência do chute do Paraná, basta consultar o atual goleiro da seleção brasileira. O importante é que nada está perdido em termos de acesso. Estamos em sexto, mas a 3 pontos do G4. Avante!