O anúncio de depsedida da Fórmula-1 feito por Felipe Massa na semana passada segue repercutindo. É o tema do jornalista Paulo Lava.
Foi no autódromo de Monza, na Itália, em frente a um batalhão de jornalistas. Quis o destino que esse circuito marcasse o início da contagem regressiva para a despedida de Felipe Massa, piloto que tem curiosa relação com a Itália. Sua carreira iniciou-se em 2002 pela Sauber, equipe que utilizava motores fornecidos pela Ferrari.
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Anos mais tarde, seria contratado pela “rossa”. A essas casualidades, nunca é demais relembrar que sua última presença na cerimônia de premiação aos três primeiros de uma corrida foi justamente em Monza, há um ano.
Mas, registre-se, a conversa com jornalistas foi lacônica:
– Acredito que meu ciclo terminou. Recebi propostas de algumas equipes, conversei com outras. Porém, por motivos éticos prefiro não citar, mas nenhuma delas veio ao encontro de minhas expectativas, motivo pelo qual abandonarei a Fórmula-1 após a etapa final (GP Abu Dahbi).
Um anúncio muito simples, sem nenhum tom melodramático. Massa sempre foi assim. Pouco emotivo,
negava-se – ao contrario de Rubens Barrichello – a assumir a condição de herdeiro esportivo de Ayrton Senna, até hoje mitológico herói do automobilismo brasileiro. De qualquer forma, sua obstinação lhe permitiu realizar diversos sonhos de infância: participar do circo da Fórmula-1 e vencer corridas.
Quase tudo isso foi realizado – e a temporada 2008 não nos deixa mentir: foram nada menos do que seis vitórias, a principal no GP Brasil daquele ano – na última curva da última volta da última corrida daquela temporada, Lewis Hamilton realizou ultrapassagem sobre um coadjuvante e, ato contínuo, impediu que Massa se tornasse campeão mundial.
A partir de então, história recente, Massa enfrentou alguns dissabores, o mais sério dele, um acidente sofrido no treino classificatório para o GP da Hungria 2009. Devidamente recuperado, no ano seguinte o brasileiro voltou a acelerar. Infelizmente, longe da forma demonstrada entre 2006 e 2008.
Tudo isto não importa. Massa, quis o destino, anunciou sua despedida em um país que gosta de automobilismo e que – ao contrário do que acontece no Brasil – nunca deixou de torcer por ele.
*ZHESPORTES