Em casa, temos campanha de time campeão - ao lado de Palmeiras e Atlético-PR, estamos entre os melhores mandantes do Brasileirão. Porém, fora de casa, a história é outra: temos apenas 30% de aproveitamento, com 10 pontos - percentual que nos deixaria na zona do rebaixamento. Aliás, a última vitória longe de nossos domínios me dá um certo saudosismo: no já distante três de julho, há mais de dois meses, no Gre-Nal, em cima de nosso maior rival, na casa deles, ainda por cima.
Para o jogo de hoje, contra o Coritiba, meu desejo é que o Grêmio consiga repetir a intensidade de seus melhores jogos, aqueles da Arena, que nos dão aproveitamento de campeão. Que consiga entrar mobilizado, elétrico, pilhado, marcando em cima, tirando espaços. jogando pelas laterais, quando tiver a bola. Ou seja, tudo que o Tricolor faz na maior parte dos jogos em casa, contra grandes adversários, como Corinthians e São Paulo, por exemplo.
É hora de deixar a síndrome de Robin Hood de lado, de não desperdiçar a chance decisiva, de que aquele pé salvador deixe um gol nas redes adversárias. E que não haja aquele desperdício absurdo que vem acontecendo.
Contradição
Para o jogo desta noite, teremos um desfalque que julgo preocupante, mais pela reposição, menos pela saída em si. Claro que Maicon é um bom jogador, tem uma saída de jogo razoável. Mas me preocupa a entrada de Ramiro em seu lugar, quase um chama-derrota, de qualidade discutível. Em um timaço, encaixado, ele entraria razoavelmente. No nosso, tenho sérias restrições.
No ataque, Henrique Almeida, que pouco pode fazer devido à ineficiência do meio-campo e das laterais, no jogo contra o Botafogo, deve dar lugar para Batista. Nesse setor, Luan é indiscutível, mesmo com alguma irregularidade em suas atuações. É de outra turma. O problema é seu parceiro. Nunca fui lá muito fã de Everton, mas tenho que reconhecer que sua velocidade anda fazendo falta. Dos três, acho Pedro Rocha, disparado, o pior. Batista, que deixou o seu contra o Botafogo, pode ser um sopro de esperança. Mas acredito que Henrique deveria ter algum tipo de sequência, pelo seu estilo de jogo, mais agudo do que Pedro, e até pelo seu retrospecto de 2015, quando foi vice-artilheiro do Brasileirão.
Acho estranha a sua saída, pois o técnico Roger, no último fim de semana, disse que não pauta sua decisão por opiniões passionais. Tomando essa decisão, levando em conta que Henrique tem pouca amostragem de jogos para dizer realmente a que veio, creio que o técnico está se contradizendo. Tomara que me engane e que Pedro Rocha nos dê a vitória hoje. Tomara.
Paixão Tricolor
José Augusto Barros: "Que a campanha em casa nos inspire"
José Augusto Barros
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