Se tem alguém que parece estar curtindo desde já os Jogos, essa pessoa é Hayder Najem, de 48 anos. O simpático treinador da seleção iraquiana de futebol masculino - que se parece com o ex-jogador francês Eric Cantona, só que bronzeado -, é todo sorrisos ao falar sobre o Brasil e as chances de sua equipe no torneio. No domingo, Iraque e Brasil se enfrentarão, no Mané Garrincha, em jogo válido pela segunda rodada do Grupo A.
"Estamos no Brasil há 20 dias. Já nos sentimos brasileiros", brinca Hayder. "Queremos muito ir bem nos Jogos e fazer o nosso povo feliz", completou o treinador.
Vindo de um país que convive há anos com ditadores, ocupações, guerras e, agora, com o terrorismo do Estado Islâmico, Hayder afirma que a seleção iraquiana tem uma missão a mais nos Jogos: passar uma mensagem de paz ao mundo.
"Nosso país vive há 30 anos com esse tipo de dificuldade. Mas iraquianos desafiam guerras, todos os tipos de problemas, e são apaixonados pela vida. E é isso que viemos transmitir aos demais países, através do futebol: o esporte é amor".
Se o Brasil não tem terrorismo, convive diariamente com a violência. Mas como as seleções contam com forte escolta policial, disse não te percebido esse drama em verde e amarelo:
"Estamos em total segurança aqui. Considero o Brasil como um segundo lar".