Quando Aléxis Sanchez deu uma mini-cavadinha ao bater o pênalti decisivo da Copa América 2015, o Estádio Nacional, em Santiago, explodiu de alegria. O Chile vencia, então, o primeiro título de sua história. Do outro lado, minutos depois, Lionel Messi tirava a medalha de prata do peito inconformado com o vice-campeonato.
Quase um ano depois, Argentina e Chile disputarão, enfim, uma revanche na decisão da Copa América Centenário, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Para os chilenos, a vitória vale a consagração da maior geração do país. Aos argentinos, a vingança e, principalmente, o fim do jejum de títulos, que perdura desde 1993.
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A promessa é de um jogo ainda mais acirrado do que o do ano passado. As duas seleções mantiveram a espinha dorsal dos times finalistas. Na Argentina, as principais novidades são o lateral-direito Mercado e o zagueiro Funes Mori. No Chile, o zagueiro Jara e o técnico Juan Antonio Pizzi, que assumiu no lugar de Jorge Sampaoli.
Mas se a escalação é semelhante, o comportamento é distinto, principalmente da estrela da decisão: Lionel Messi. Fora de campo, a barba transformou o visual do craque do Barcelona. Nas quatro linhas, a genialidade. Jogando menos da metade dos minutos em que atuou na edição passada, o astro já fez cinco gols e deu quatro assistências.
A fase do time também ajuda. Os argentinos chegam à decisão com 100% de aproveitamento – cinco jogos e cinco vitórias –, inclusive com um triunfo sobre o próprio Chile, na primeira fase, por 2 a 1. É a favorita. Os chilenos apostam na arrancada que tiveram a partir das quartas de final, quando humilharam o México com um estrondoso 7 a 0, em que Eduardo Vargas (ex-Grêmio), maior destaque da seleção no torneio, fez quatro gols.
Vinda de uma derrota na prorrogação para a Alemanha, na final da Copa do Mundo, e do amargo vice contra os chilenos na peleia continental, a Argentina está sedenta por, enfim, fazer história. Conseguirá lidar com a pressão? Questionado sobre o jejum de títulos, Diego Maradona disse que, se a seleção não ganhar, "não precisa voltar" ao país. Aos hermanos, resta torcer para que, com Messi voando, o embarque seja com a taça na bagagem.
*ZHESPORTES