O coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, e o ex-jogador de futebol e comentarista Casagrande protagonizaram uma discussão acalorada na segunda-feira. Durante o programa Bem, Amigos!, apresentado por Galvão Bueno no SporTV, os dois discordaram em uma análise sobre o empate entre Brasil e Paraguai, pelas Eliminatórias. Veja o vídeo aqui.
–O jogo do Paraguai, que é o mais falado, no outro dia fiquei vendo os comentários. Falei para ele (Dunga): "Você é um maluco, o que você fez no jogo…". Ele mudou, tirou todos os volantes, botou o time para frente, e aí dizem: "O Paraguai recuou". Não, ele empurrou os caras lá – falou Gilmar Rinaldi, sendo interrompido por Casagrande:
– Eu falei (que o Paraguai recuou). Foi verdade – dispara o comentarista.
– Mas aí, não, né? – discordou Gilmar.
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Casagrande, então, continuou a defender o que havia avaliado após o jogo contra o Paraguai, no Defensores del Chaco. A partida terminou empatada em 2 a 2, depois que o Brasil levou um gol no primeiro tempo e outro logo com três minutos da etapa final.
– Ele (Dunga) não empurrou. O Ramón Díaz definiu que iria segurar os 2 a 0 e deu espaço para jogar. O mérito dele (Dunga) foi ter percebido isso e ter mudado o time. Isso que você está falando, Gilmar, não aconteceu (...). Ele (Dunga) teve méritos de fazer isso, mas ele só conseguiu, quer dizer, poderia ter conseguido, mas não deu para saber porque o Paraguai recuou, porque o Paraguai deu espaço para jogar.
Gilmar voltou a falar que foram as mudanças promovidas por Dunga que fizeram o Paraguai recuar, e não o contrário.
– Como é um diálogo, eu não concordo. Eu vi diferente de você, sem dúvida. A mudança dele fez todo o time (adversário) ir para trás. Entendo que é mais difícil de ver.
O apresentador e narrador Galvão Bueno também se posicionou. Disse que sua opinião é parecida com a de Casagrande, mas também destacou que o treinador da Seleção teria tomado a decisão certa.
– Eu estou mais com o Casa, o Ramón Díaz trouxe o time para trás, mas ele (Dunga) teve o mérito de perceber isso e fazer as modificações e sufocar.
Dunga esperou a discussão acalmar. Pediu, então, que Gilmar tivesse o direito de se posicionar diferente de Casagrande.
– Se quer a democracia de falar, o Gilmar também tem direito de falar. Como tu falaste bem Marco Antônio (Rodrigues, comentarista), todo mundo tem que falar, então o Gilmar faz parte de todo mundo. Mas tem que discordar, ninguém pensa igual, todo mundo pensa diferente. Dentro dessa situação, se nós pensássemos iguais, contra o Uruguai era ter para ter feito três ou quatro no primeiro tempo, não fizemos porque não deu, assim como o Paraguai não fez três ou quatro porque não deu (...). Tem momentos que o gol faz uma diferença enorme. A gente tem quem entender que tem que criticar, mas tem que elogiar também. O futebol também tem coisas boas – disse o técnico.
*ZHESPORTES
