O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan, voltou a falar na Primeira Liga, repetindo o discurso dos últimos dias. No início, os clubes queriam realizar o torneio da Primeira Liga para aumentar as receitas dos clubes. Quando descobriram que a competição não despertava o interesse da televisão - a situação poderá mudar - passaram a dizer que importante, mesmo, é a convivência corporativa dos clubes. O casamento que pretendem não durará um ano.
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O presidente Bolzan mais uma vez reitera inconformidade com o fato de a dupla Gre-Nal estar na quinta faixa das cotas de televisão. E culpa a fragilidade dos clubes, na época em que foi feita a divisão do dinheiro da TV. Ora, Bolzan deveria conversar com o seu padrinho político, Fábio Koff, para saber o que realmente aconteceu.
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Quando o Clube dos 13 era presidido por Koff e comandava a partilha das receitas, havia diferença de arrecadação entre os clubes, mas a distância era pequena. Mesmo assim, foram os clubes que, não sabendo conviver corporativamente - para usar expressão do gosto do presidente gremista - explodiram a entidade. Os grandes clubes foram seduzidos por ofertas generosíssimas da televisão e mandaram às favas a unidade da sua associação.
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Resultado, os demais clubes tiveram que se submeter ao que lhes foi oferecido, criando-se o abismo que hoje separa os maiores dos menores. É muita ingenuidade imaginar que, formada uma liga, os mesmos fatos voltem a acontecer. Conhecer a história é a melhor maneira de não repeti-la.
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Wianey Carlet
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