E lá vem a Liga Sul-Minas-Rio. De alguma maneira. Em reunião na tarde desta quinta-feira, no Centro de Eventos do Beira-Rio, cerca de 20 dirigentes representando os 13 clubes (Inter, Grêmio, Atlético-MG, América-MG, Avaí, Chapecoense, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Joinville, Paraná, Coritiba e Figueirense) que integram o grupo, ajustaram o regulamento do torneio (que deverá ser registrado e homologado até o próximo dia 24), reafirmaram as datas para a primeira edição, a partir de janeiro, e agora, aguardam as negociações do CEO da Liga, Alexandre Kalil, com os possíveis patrocinadores e com as emissoras de TV interessadas em transmitir o torneio. Uma nova reunião está agendada para o dia 27, nas Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Três federações passaram a apoiar a Liga: a Gaúcha, a Catarinense e a Mineira.
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- Temos que tocar nossa vida, temos que pagar as nossas contas. Todas as televisões estão interessadas e, a partir de amanhã (sexta-feira), começarei a sentar com elas para conversar - disse Kalil.
Apesar de considerar o tempo escasso para a realização de um torneio desse porte, com a presença dos grandes clubes do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, do Paraná, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, os dirigentes entendem que é algo importante levar adiante essa primeira edição da Primeira Liga (o nome oficial do torneio) para que os clubes possam lucrar mais do que nos Estaduais e para instigar uma alteração de calendário em 2017.
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- Eles (os clubes) querem colocar a Liga já em 2016. E vai ser colocada. É um torneio curto, mas é bacaninha. Vamos fazer em 2016 e, em 2017, realizar um grande torneio. O que não pode é o Inter ganhar a metade do que o Santos ganha para jogar o Estadual. Isso é condenar um clube à morte. A questão toda é financeira. Não queremos brigar com ninguém, queremos é arrecadar - afirmou Alexandre Kalil.
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Para o presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, que recebe R$ 9 milhões para jogar o Campeonato Mineiro, a Liga já será uma nova injeção de recursos para o clube - mesmo que, classificado à Libertadores, o time a ser utilizado na Sul-Minas-Rio será suplente.
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- Dificilmente jogaremos com o nosso time principal. Mas, mesmo assim, um Atlético-MG e Flamengo nos dará R$ 1 milhão de lucro. É certo que a Liga nos pagará mais do que o Estadual - aposta Nepomuceno.
O presidente da Liga Sul-minas-Rio, Gilvan Tavares, reforçou o argumento que o torneio poderá vir a ser a redenção dos clubes que não contam com o rico mercado de São Paulo, ainda que a CBF não esteja apoiando a Liga.
- Por que a CBF não pode a vir uma de nossas parceiras? Não estamos brigando com ninguém. A nossa briga é pelos clubes, atrás de recursos para um período do ano de vacas magras - disse Gilvan Tavares, presidente da Liga e do Cruzeiro.
A primeira edição da Liga deverá contar com árbitros das três federações que apoiam o torneio, além de árbitros estrangeiros, interessados nos grandes jogos.
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Os presidentes da dupla Gre-Nal não se pronunciaram. O anfitrião, Vitorio Piffero, driblou a imprensa e se valeu de uma porta que dá direto no estacionamento para deixar o encontro. Já o gremista Romildo Bolzan Júnior, não quis se manifestar.
- Não vou me pronunciar sobre coisas que não quero falar - respondeu ele, ao ser questionado pelos repórteres, após a reunião.
Romildo, como os demais dirigentes, ganhou um presente do Inter: uma caixa com camisa, espumante, cuia, bomba e erva-mate com a marca colorada.
Segundo o calendário da Primeira Liga, a estreia do torneio ocorrerá em 27 de janeiro, com Atlético-MG x Flamengo, Criciúma x Cruzeiro e Fluminense x Atlético-PR. A dupla Gre-Nal terá os seus primeiros jogos no dia seguinte: Avaí x Grêmio e Inter x Coritiba.
*ZHESPORTES
