São 67 títulos na carreira, sendo 14 Grand Slam (três a menos do que Federer). Dos 14, nove vieram do saibro de Roland Garros. Nadal ainda conquistou o ouro olímpico em Pequim, 2008. Contra Roger Federer, o maior rival, Nadal possui 23 vitórias em 33 confrontos, venceu 70% dos jogos. Aliás, a rivalidade Federer x Nadal trouxe de volta ao tênis a magia de duelos históricos como Agassi x Sampras e McEnroe x Lendl. Estaria um tenista com este potencial em fim de carreira aos 29 anos?
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Nadal conquistou neste ano apenas três torneios (Buenos Aires, Stuttgart e Hamburgo), chegou a estar em 10ª no ranking e não está garantido no torneio dos campeões da ATP no final da temporada em Londres, reunindo os oito melhores do ano. Em Roland Garros, onde vinha de uma sequência de 39 vitórias no torneio, caiu para Djokovic nas quartas de final. Foi eliminado em Wimbledon na segunda rodada e, no US Open, parou no terceiro jogo. Em 2015, foram 10 confrontos contra tenistas do Top-10. Nadal perdeu oito.
O espanhol é treinado por seu tio Toni Nadal desde os três anos. Tudo que conquistou tem a participação de Toni. Foi ele quem transformou Nadal em uma máquina avassaladora. Suas vitórias e conquistas sempre foram cercadas de esforço e sofrimento, fruto do estilo de jogo. Porém, se as principais conquistas vieram por conta da dedicação e empenho de Toni, recai sobre ele a maior crítica pela queda de rendimento do "Touro Miúra". Teria chegado o momento de mudar de técnico, de estilo, de se reinventar? Toni Nadal começa a cogitar tal possibilidade: "Se em 2016 Rafa seguir sem jogar bem, podemos mudar a equipe de trabalho", afirmou o técnico. Não significa que Toni deixará de fazer parte do staff de Nadal, porém, um novo treinador com novas ideias faria bem a ambos.
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O condicionamento físico sempre foi o diferencial de Nadal, o que ele reconhece estar aquém do ideal. Seguidas lesões também o atrapalharam. Os golpes implacáveis ficaram no passado. O momento é tão surpreendente que Nadal reconhece a possibilidade de nunca mais voltar a ganhar um Grand Slam.
Nadal e Cristiano Ronaldo convivem com o mesmo desafio: serem contemporâneos de dois gênios, Federer e Messi. Comparação nem sempre benéfica, afinal, vem cercada de muita responsabilidade e obrigação. Se tivessem nascido em outra época, reinariam absolutos. Se este for o enredo final, teremos conhecido o tenista que intimidou e soube vencer Roger Federer.
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