A presença da Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Fundergs) na lista dos órgãos em vias de extinção pelo governo de José Ivo Sartori gera diferentes preocupações em relação ao fomento ao esporte.
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Algumas - como o risco de fechamento do Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete) - os servidores asseguram ser descabidas. Outras são procedentes, mas nenhuma das atribuições da fundação devem ser afetadas ao menos em 2015.
Presidente da Fundergs até o dia 5 passado, Cassiá Carpes ressalta a saúde financeira da fundação. A Lei Pelé assegura a ela R$ 7 milhões anuais "carimbados" para projetos de inclusão pelo esporte ou para reformas de estruturas como ginásios e afins.
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- A Fundergs não é deficitária, não causa prejuízo. O valor que ela economizaria se extinta seria somente em custeio - declara o ex-presidente, embora reclame que, dos R$ 7 milhões, apenas R$ 4,5 milhões tenham sido repassados nos seus seis meses de gestão após o depósito no caixa único do Estado.
- Esse recurso passa pela Fazenda, e a Fazenda é um Estado dentro do Estado.
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O ex-deputado deu lugar à advogada Lygia Moeller Cruz, vinda do jurídico do órgão. Ela confirma a economia tímida caso haja a extinção. Se incorporada à Secretaria do Esporte e Lazer, os R$ 4 milhões de custeio seriam reduzidos em, no máximo, 50%.
- Minha missão aqui é assegurar que nada do que está em andamento pare - declara a presidente.
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A maior preocupação é com investimentos em parcerias com mais de 200 prefeituras ou entidades sem fins lucrativos, cujas rubricas dificilmente ultrapassam os R$ 20 mil. São mais de uma dezena de pequenos eventos como o Gauchão de Várzea, os Jogos Povos Indígenas e competições como o Campeonato Estudantil do Rio Grande do Sul (Cergs).
Em 2015, os oito editais já publicados devem assegurar a aplicação de recursos. A dúvida sobre o futuro, no entanto, paira independentemente à extinção. Metade dos 70 servidores será demitida ao final do mês por força de uma decisão judicial que inviabiliza contratações temporárias. O restante, de CCs, terá de tocar o trabalho sem o auxílio de especialistas em esportes.
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Membro do Conselho Estadual do Esporte, Nelson Ilha é crítico à extinção mesmo com a redução inevitável de servidores:
- É um baque simbólico. A gente entende a redução, mas não precisa extinguir, acabar com "o CNPJ da coisa". Isso mostra não só a ausência de uma política de investimento em esporte, mas assegura que nunca mais haverá.
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No contexto de cadeiras esvaziando, a boa notícia é o Cete. A estrutura no bairro Menino Deus, que recebeu um abraço simbólico na segunda-feira, conta com financiamentos e patrocínio assegurados com ou sem a Fundergs. Seguem no cronograma a conclusão da pista externa e a reforma do ginásio em 2015, além da construção de um novo, em 2016.
*ZHESPORTES
Na marca do pênalti
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Com recursos assegurados, mas quadro de servidores reduzido, Fundergs tenta manter projetos de pé
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