As acusações de que teria recebido dinheiro e um relógio de ouro para votar no Catar como sede da Copa de 2022, em congresso realizado pela Fifa, em 2010, fizeram o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, deixar o ostracismo de lado e vir a público se defender. Em entrevista ao site Terra, o ex-mandatário da entidade negou veementemente estes fatos. Teixeira afirmou serem "ridículas" as suspeitas sobre ele.
Fifa aumentará rigor nas investigações das Copas de 2018 e 2022
- Não recebi nada, rigorosamente nada disso. Esse negócio do Catar é completamente estapafúrdio. Como presidente da CBF, e membro do comitê executivo da Confederação Sul-Americana e da Fifa, recebi a visita de todas as candidaturas, tanto para o Mundial de 2018 quanto para o de 2022. Recebi Bélgica e Holanda, uma candidatura conjunta. Recebi a Rússia. Recebi a Espanha. Recebi os Estados Unidos. E também recebi o emir do Catar. Ele veio ao Brasil porque tinha um encontro oficial com o presidente Lula. Fui anfitrião de todos - contou Teixeira.
Ricardo Teixeira, que presidiu a CBF de 1989 a 2012, quando renunciou ao cargo, que passou a ser ocupado por José Maria Marin, confirmou ter recebido o emir do Catar, Hamad bin Khalifa Al Thani, mas garantiu que isto foi feito com todos os demais representantes de outras candidaturas.
Suíça identifica 53 casos suspeitos de lavagem de dinheiro pela Fifa
- Fomos ao restaurante do Itanhangá. No restaurante cheio de gente, de sócios do clube, cheio de policiais federais, que estavam lá tomando conta dele, cheio de funcionários, os garçons do restaurante, tinha imprensa também. Como é que deu relógio? O emir não me deu relógio, não me deu picolé, não me deu nada. Nem ali nem fora do clube. Isso é absolutamente ridículo - reafirmou o ex-dirigente, justificando o voto no Catar em detrimento às demais candidaturas:
- As pessoas dizem que eu votei no Catar, que a CBF votou no Catar. Por que eu? Não é bem assim. É mais claro dizer que a América do Sul votou no Catar. É preciso contextualizar isso - completou.
Justiça americana divulga documento com acordo de delação de Chuck Blazer
De acordo com a reportagem, Teixeira entrou em contato com o site na terça-feira à noite para dar sua versão sobre os fatos. No entanto, pediu apenas para falar sobre o envolvimento do nome dele nas denúncias sobre o voto na candidatura do Catar.
*LANCEPRESS
Se defendeu
Ricardo Teixeira nega propina em voto no Catar para sede da Copa de 2022: "É ridículo"
Ex-mandatário da CBF nega ter recebido dinheiro e relógio de ouro para votar na sede da Copa de 2022
GZH faz parte do The Trust Project