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Luiz Carlos Cirne Lima de Lorenzi, o Lisca, é o técnico do Náutico, vice-líder da Série B, com cinco vitórias e um empate em seis jogos - o sistema pay-per-view exibe neste sábado, às 16h30min, Atlético-GO x Náutico.
Com passagem pela base da dupla Gre-Nal, o porto-alegrense, 42 anos, explica o sucesso dos pernambucanos. Por telefone, o alcancei em casa, na Praia de Boa Viagem.
Confira a tabela de classificação do Brasileirão Série B
O que o seu time tem de especial na Segunda Divisão?
É o planejamento, as discussões internas e a união entre a comissão técnica e o futebol.
Pode explicar?
Com a anuência dos dirigentes, conversei longamente com cada um dos nove jogadores antes de recomendar as contratações. Expliquei em detalhes meus planos, a maneira do time jogar, a função de cada um. Tentei saber se eles estavam mesmo interessados no projeto, em Recife. Não queria que viessem só a passeio, me interessava só os dispostos.
São atletas conhecidos?
Sim, meus velhos conhecidos, gente de confiança. Chamei Douglas e Rogerinho, do Juventude, Tinga, do Sampaio Corrêa, Ronaldo Alves, do Avaí, Fabiano Eller e William Magrão, do Red Bull, entre outros. Trabalhei com muitos deles. Sei do compromisso de todos. Nosso sucesso neste começo de trabalho passa muito por eles, mas a Série B é longa e o time precisa de regularidade. Mas o começo é ótimo.
O zagueiro Fabiano Eller? Ele tem 37 anos.
Tem, mas não parece. O Eller está nos ajudando, vive boa fase e inspira os mais novos, como os zagueiros Diego e Flávio e o volante João Ananias, revelações do Náutico. Vai nos ajudar.
Os salários são bons?
A média é de R$ 35 mil, mas não há atrasos. A folha não supera os R$ 400 mil mensais. Meu ataque inteiro ganha R$ 50 mil. Um treinador precisa conhecer bem o mercado, saber quem é quem, o que ajuda na montagem de um time mais barato e bem mais competitivo.
Por que o Náutico?
A direção fez uma pesquisa. Meu nome ficou em primeiro lugar na preferência da torcida, com mais de 50% dos votos.
E o futuro?
O Náutico é meu sétimo time como profissional. A meta, não escondo, é treinar na Série A. Mas, nesta temporada, nada será melhor do que devolver minha equipe à primeira divisão.