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A Fifa está acuada e com medo, e por isso Joseph Blatter renunciou. Mesmo depois das prisões de seus amigões na Suíça pelo FBI, ele exalava tranquilidade. Manteve as eleições e a própria candidatura apesar da tempestade. Adotou uma postura de ataque.
Entenda os fatores que pressionaram Blatter a deixar a presidência da Fifa
Ganhou, ergueu os braços e cantou, conclamando a claque a segui-lo no congresso da entidade, na última sexta-feira. No dia seguinte, mais Blatter seguro de si. Acusou complô imperialista dos Estados Unidos, por perderem a Copa. Atacou Michel Platini, seu rival na Uefa. O que mudou nestas 72 horas, então?
Imprensa americana afirma que Blatter está sendo investigado pelo FBI
É que pegaram Jerome Valcke. O New York Times publicou, com base em fontes do alto escalão da Justiça americana, que de uma conta sua partiram quase R$ 40 milhões em propinas. Chamou a tal conta de "centro do escândalo de corrupção que envolve o futebol".
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O secretário geral é o responsável pelas operações financeiras, conforme o organograma da Fifa. Valcke e Blatter são unha e carne. Acabaram-se os argumentos. Não tem mais "eu não sabia" ou "fulano fez tudo sozinho". É claro, também, que os patrocinadores da Fifa pressionaram, temendo prejuízo à imagem de suas marcas.
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Bem, agora falta Marco Polo del Nero (sobrenome sugestivo: Nero) na CBF. Ele e Jose Maria Marín, o comparsa da ditadura que segue em cana, são um só tanto quanto Blatter e Valcke. Até os quero-queros dos nossos gramados sabem disso. Del Nero tem de fazer como o 02 do Tropa de Elite. Pede para sair, presidente.
Vaza.
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