Em nove jogos pela Divisão de Acesso, foram cinco derrotas, três vitórias e um empate. Uma estatística incômoda para qualquer técnico de futebol. E, no caso de Luciano Corrêa, que pediu demissão do Riograndense ainda na segunda-feira, não é diferente.
Mas, apesar dos 37% de aproveitamento no comando esmeraldino na competição deste ano, o treinador garante que o retrospecto não foi fator determinante para o pedido de desligamento. Abaixo, listamos cinco tópicos que podem ter contribuído para a saída de Luciano Corrêa.
1) Desmotivação
Uma das principais reclamações de Luciano era a questão de logística em dias de jogo. Segundo o treinador, viagens para partidas fora de casa deveriam ser realizadas com um dia de antecedência, e não poucas horas antes dos duelos, como é de costume no Periquito. Os dias que antecederam a sua saída e a própria justificativa para deixar o cargo apontam para a desmotivação do treinador em diversas situações. No entanto, Luciano garante que a saída não passou por problemas no clube
2) Desentendimento com jogadores
Em 27 de fevereiro, faltando apenas dois dias para a estreia na Divisão de Acesso, no clássico Rio-Nal, um desentendimento entre o técnico Luciano Corrêa e três importantes jogadores afetou o elenco, que acabou goleado por 3 a 0 para o maior rival. O atacante Dinei, o meia Gabriel e o volante Willian Paulista deixaram os Eucaliptos brigados com o técnico. A versão dada pela diretoria é que uma divergência de posicionamento teria motivado uma discussão do trio com o técnico. A direção teria tentado contornar a situação, mas Luciano não aceitou a volta dos jogadores
3) Perda do comando
No último jogo, na derrota em casa por 1 a 0 para o Guarani, de Venâncio Aires, o Riograndense teve um pênalti a seu favor aos 42 minutos do segundo tempo. Era a chance de empate. O treinador mandou que o atacante Juliano cobrasse a penalidade. Mas, foi Gustavo Sapeka quem partiu para a cobrança e desperdiçou. Ao final do jogo, Luciano disse: "Eu queria que o Juliano batesse, mas não posso entrar em campo. Tem que parabenizar o Sapeka, por ter assumido a responsabilidade. Não tivemos uma tarde feliz, o time foi apático"
4) Dificuldade em montar o time
Com nove jogos na Divisão de Acesso, poucos jogadores eram considerados titulares incontestáveis, a não ser o goleiro Feijão, os laterais Darlem e Cristiano, o zagueiro Alex Xavier e o volante Geison. Do meio para frente o rodízio de jogadores foi grande, mas poucos agradaram o treinador. Inclusive um dos jogadores mais identificados com o clube, o atacante Tiago Duarte, vinha amargando a reserva. Claro, que, lesões e suspensões, também atrapalharam o processo de formatação do elenco
5) Sequência de resultados negativos
Nos últimos quatro jogos foram três derrotas e apenas uma vitória. Das três derrotas, duas foram para os lanternas do Grupo B. O baixo rendimento do time pode ter sido um dos fatores que fez com que Luciano pedisse demissão. Na penúltima partida, o time foi goleado pelo Santa Cruz, o pior clube da Divisão de Acesso até então, e que havia conquistado apenas dois pontos em sete partidas. Em todo o campeonato houve apenas uma partida em que o time convenceu, na goleada por 4 a 0 contra o São Gabriel, em casa
Retrospecto de Luciano Corrêa na Divisão de Acesso 2015
9 jogos
3 vitórias
1 empate
5 derrotas
11 gols marcados
14 gols sofridos
37% de aproveitamento
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